sábado, 25 de abril de 2009

Aqui a tens!






Sim, esta rosa é para ti. Neste dia, seria mais apropriado oferecer-te um cravo vermelho, mas não encontrei um a jeito. Contudo, esta rosa está impregnada com a mesma intenção, com o mesmo aroma da amizade.

Aqui a tens!





[mas... não sabes que é para ti!]

sábado, 18 de abril de 2009

Antes que te magoes...






Parece que és do tamanho das árvores lá ao fundo. Mas toma cuidado, não te ponhas a pregar aos ventos que te sacodem que já és grande. É que a perspectiva em que te encontras é bastante enganadora. Antes que te magoes, desce à terra!...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

E se a moda pega?...



Acabei de ler esta notícia no
Público e pensei, para os meus botões, propor cá em casa um solução idêntica.

Apenas a troco de € 2,00 para se inscrever no concurso [e o valor até é inferior ao indicado aos apoiantes de Bill Clinton], qualquer dos participantes poderá ganhar um dos prémios, entre os quais se salienta a possibilidade do vencedor passar um dia comigo [acho que, depois, vou aldrabar a atribuição dos prémios de modo a que o vencedor final seja uma vencedora... ahahah].

Creio, convicto, e tendo em conta a afluência diária a este blogue, verdadeiramente astronómica, que isto vai resultar. E creio ainda que as receita das inscrições menos as despesas dos prémios menores [como é evidente, eu próprio não tenho preço, sou inegociável... ahahah] dará um superavit estrondoso, o que me permitirá pagar as dívidas [também as tenho, claro!].

E a moda até pode ser que pegue. É que andam por aí tantos créditos mal parados!...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Não sei se te perdi





Não sei se te perdi. Olho, apreensivo, aquelas nuvens escuras que fogem rapidamente no céu cinzento.

Apesar dos meus esforços, não consigo ler nelas qualquer mensagem tua. E das duas uma: ou não me disseste nada através delas ou, então, não sei decifrar o código das tuas palavras.

Mas pressinto que te perdi. E se te perdi, sei que algo se perdeu em mim. Como hei-de ter a certeza?...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aconteceu em Hyde Park






Era Verão. O tempo estava soalheiro, com temperatura amena. E as milhares de pessoas que circulavam naquele fim de tarde de sábado pelo Hyde Park, em Londres, certamente que desfrutavam daquele sítio de modos diversos. Umas passeavam pelos caminhos longos do parque, outras jogavam à bola ou piquenicavam nos relvados bem tratados. Mais umas quantas, a maior parte jovens, deitadas na relva, davam largas aos seus sentimentos através de abraços e beijos. E outras ainda deambulavam pelo espaço do Speaker's Corner, à espera de oradores.

E é naquele espaço que a cena se desenrola. Um homem, quarentão, talvez a rondar por metro e oitenta de altura, com bom aspecto físico, caminha em direcção à referida zona, sem pressas. Traz consigo, debaixo do braço, um pequeno escadote metálico. A certa altura, pára, assenta os pés do escadote no chão, abre os seus três degraus e sobe-os até ao topo. E, então, começa a falar, a tentar captar ouvintes.

No início, a sua audiência resumia-se a um casal de meia idade. Mas, com o correr dos minutos e o interesse do tema, já duas dezenas de pessoas rodeavam o orador. E este falava, com entusiasmo, dos casamentos entre mulheres e homens. Convicto, afirmava ser adepto incondicional deste tipo de casamentos e, por isso, expunha os seus argumentos quanto às virtudes e propósitos dos mesmos, dando até como testemunho a felicidade que sentia com o seu próprio matrimónio que durava há mais de vinte anos. Diria, depois, não dar valor aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo [casamentos entre aspas, ironizava ele] e que parecia estarem agora muito na moda.

É nessa altura que alguém da assistência se manifesta. Trata-se de uma mulher de estatura média, quarentona quase a passar para o nível seguinte, com um rosto redondo, agradável à vista, e um corpo onde se nota que a cintura alinhou com os ombros e com as ancas. Estava de mão dada com outra. Esta era um pouco mais alta, talvez com quarenta feitos há pouco, de rosto giro e um corpo bem torneado nas suas curvas. Pelo jeito da mão dada e pelas carícias que ali já se proporcionaram uma à outra, poder-se-ia afirmar, sem medo de errar, que estas duas mulheres são lésbicas.

Dirigindo-se ao orador, a primeira delas refere, então, que aquilo tudo que ele tinha dito não passavam de balelas sem qualquer sentido. E adianta que foi casada com o pai dos seus dois filhos durante vinte anos, mas que, apesar disso, não guardava boas recordações desse tempo. Agora, e desde há cinco anos, está a viver uma nova relação com a sua companheira e sente-se feliz como antes nunca tinha sido. Apanhando a deixa, a outra decide também dizer alguma coisa. Afirma que casou aos vinte e três anos com um homem, mas que o casamento não chegou à dezena de aniversários, devido a razões várias que, agora e ali, não vinham ao caso. Diz ainda que não teve filhos, ao contrário da sua companheira, mas que, como ela, também não fôra feliz com o primeiro casamento. Adianta que agora sim, que encontrou a felicidade com este novo amor. E remata dizendo que a relação com a actual companheira é para durar.

O homem, de pé no cimo do escadote, ouve-as durante aqueles minutos sem as interromper. Mas, logo que a mais nova parou de falar, aponta um dedo indicador na direcção das duas amigas e diz-lhes, em tom trocista:

- Quereis saber porque razão os vossos casamentos anteriores falharam?... Foi porque vocês não casaram comigo. Com umas boas quecas vocês não teriam acabado com os vossos casamentos...

As duas companheiras resolvem não ouvir mais. Rodopiam nos calcanhares e vão-se embora, mas, antes, a mais velha ainda resmunga em volta alta:

- Vai-te foder!...




Nota: A imagem acima foi obtida na Wikipédia.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E onde está a verdade?...





De tanto procurada, afinal onde está a verdade?...

domingo, 12 de abril de 2009

A tua marca é...



Não sei onde li que os pintores acabam sempre por se repetir. Repetem-se nos traços, na busca de cores e de tons, nos modos das abordagens, embora os temas possam ser diferentes de uma obra para outra. É que, dizem os entendidos, a marca do pintor está sempre lá, sente-se na expressão da pincelada, nota-se em cada quadro. Será ssim?...

É possível que seja como eles dizem. Não possuo bases nem conhecimentos específicos [e, às tantas, alguns dos entendidos também não...] para acompanhar ou afastar-me daquelas posições.

Mas... o que sei, sei-o! E sei que a tua marca, a que deixaste em mim, é única e não se pode apagar. Nem tão pouco a confundo com outras que foram sinalizadas em mim ao longo dos anos. Neste tema, sei que sou entendido. E, com toda a certeza, não há outro que a reconheça, a veja ou a sinta. Apenas eu!...

sábado, 11 de abril de 2009

E as emoções fizeram o resto...


Ontem à noite meti-me a caminho pela autoestrada da blogosfera e só parei em Aveiro. Rumei de imediato à única padaria que utiliza a verdadeira farinha amparo. Estava por lá a padeira de serviço, a Didas. Fui encontrá-la ainda na ressaca de um ataque de nostalgia sofrido no dia anterior. E ainda bem, digo eu.

E digo ainda bem porque, desse modo, tive a oportunidade de saborear quatro mimos que lá estavam [e ainda estão] à disposição de quem por lá passa e de borla. A saber, pela ordem que nos aparecem:
-> O que faz falta, do Zeca Afonso
-> Eu vim de longe, do José Mário Branco
-> Gaivota, da Ermelinda Duarte
-> Quatro quadras soltas, do Sérgio Godinho


São quatro canções que conheço há muitos anos, mas que me dizem muito. E que, ao ouvi-las, fizeram-me sentir bem, mexeram com a apatia em que me enredei nestes últimos dias. De auscultadores e olhos fechados, aquelas músicas e aquelas palavras inebriaram-me, tiveram o condão de me fazer recuar trinta e cinco anos. E, então, as emoções e as recordações daqueles tempos soltaram-se, vieram por ali fora, deram-se as mãos, tomaram conta de mim, rodopiaram em mim. Mas, com tudo isto à solta, os seus efeitos não demoraram muito. Era a companhia suave da descarga emocional, as comportas dos olhos abriram-se de par em par e as lágrimas caíram-me pela cara abaixo... Lágrimas ou recordações? Não sei dizer, não as distingui bem, às tantas eram lágrimas e recordações a desabarem juntas por ali abaixo... Mas, no fim, estava feliz, de bem comigo próprio e, creio, de bem com os outros...

Deixei um comentário no post da
Didas, mas não me referi aos efeitos da descarga de emoções. Não foi por vergonha ou para não me considerarem um lamechas. Não, não foi por isso. Foi apenas porque aqui, no meu sítio, sinto-me mais à vontade em desabafar, em expressar o que sinto, o que me faz feliz ou o que me torna triste.

Para ti, mais uma vez: obrigado, Didas!

E nos dias que correm, talvez sempre, é necessário lembrar que, como diz o Zeca Afonso, "o que faz falta é acordar a malta..."

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Os olhos... sim!


O que atrai mais o meu olhar, desde logo, são os rostos. De mulheres, entenda-se. Podem não ser de capa de revista. Nem todos o são. Mas há muitos rostos bonitos, simpáticos, com um sorriso nos lábios. E são estes os que mais gosto de olhar.

E depois, os olhos. Sim, os olhos, o seu formato, a sua cor, o seu brilho. Olhos grandes, olhos mais pequenos. Olhos azuis, olhos verdes, olhos castanhos. Olhos com brilho. Gosto imenso de ver o brilho nos olhos. Dá-me a sensação de olhos de quem é feliz, alegre, que está de bem com a vida.

É esse o primeiro impacto do meu olhar com uma mulher. De início, o rosto e, logo de seguida, os seus olhos. É uma atitude institiva, inconsciente, involuntária. E que acontece com a mulher que está a conversar comigo ou com a que vai ali sentada em frente no banco do metro. Ou ainda com a mulher que se cruza comigo no passeio. E é por via desse meu primeiro olhar que nasce a empatia com as mulheres com quem me tenho relacionado ao longo da vida. Da minha parte, é com certeza. Das mulheres, por vezes, não!...



Nota: A imagem foi recortada de uma foto de um quadro da Inha.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Acontece [quase] sempre...


O que é que acontece por acaso, sem a nossa vontade?... Não sei, acho difícil dar uma resposta completa porque há tantas coisas que sucedem sem serem decididas por nós de forma consciente.

O acaso acontece em milhares de situações da vida. Ou, melhor, em qualquer acto da nossa vida. Quer seja uma vida curta ou mais longa. Podemos deparar com o imprevisto em cada virar de esquina, ou após qualquer decisão que tomamos. E [quase] sempre não nos apercebemos disso antes de acontecer. Ou, então, não seria uma situação de acaso.

E o amor? Também acontece por acaso?... Certamente que sim. Ou melhor, creio que sim. Como o amor faz parte da nossa vida, também acontece [quase] sempre de forma fortuita, sem nos darmos conta. Umas vezes surge-nos de supetão, logo à primeira vista, como um flash que nos encandeia os sentidos. Outras vai-se entranhando em nós, como uma massagem a assenhorear-se da pele, lentamente, com suavidade. E é [quase] sempre lindo quando o amor acontece!...

Até as rochas da praia são formatadas ao acaso pelo bater desenfreado das ondas e pelas rajadas do vento. A vida é assim, cheia de imprevistos...


quarta-feira, 8 de abril de 2009

As casas e o frio


De acordo com o JN de hoje, uma investigação realizada por especilistas da Universidade de Dublin, através da comparação dos dados de 14 países europeus, refere que
Portugal é um dos países da União Europeia onde mais se morre por falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas.

Ao contrário, alguns países com invernos rigorosos, como a Finlândia e a Suécia, apresentam níveis exemplares de eficiência térmica no interior das casas, que, na sua totalidade, têm vidros duplos e isolamento térmico nas coberturas, paredes e pisos.

No ano de 2003, altura da publicação do estudo, em Portugal apenas 6% das casas tinham isolamento térmico nas paredes e coberturas e só 3% tinham vidros duplos.

Dá para pensar, não?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Fico "arrasado"...


Ouço-os a brincar, em grande algazarra. Ao Tiago e ao Zé, um amigo dele com mais um ano. Estão no quarto que o neto, de quatro anos, diz ser o dele.

Há pouco ouvi-os a barafustar um com o outro. Fui lá ver o que passava. Tinham alinhado, em fila indiana, dois sofás insufláveis, individuais, de criança. Para fazer de conta que era um autocarro.

Mas parece que um dos miúdos [ou o outro, quem sabe?] se esqueceu do combinado cinco segundos antes. Um deles seria o motorista, o outro o passageiro. E agora ambos queriam ir à frente, cada um queria ser o condutor. Como não chegaram a acordo, vai de desfazer o "faz de conta" e toca de arremessar os insufláveis um ao outro.

E eu, ao ver aquela cena, a aconselhá-los para terem cuidado, para não se aleijarem. Resmunga, então, o Tiago, como a querer dizer-me que não entendo nada destas coisas:
- Ó Nando, estes sofás não aleijam! Não vês que são de plástico?!...

Apenas lhe respondi, um pouco tímido, com um "ok!". É que fico "arrasado" com estes argumentos...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

E depois vem a noite...


Gosto do dia. Mas deixo o dia acabar. É que, depois, vem a noite. E também gosto imenso da noite.

Sim, gosto da noite. Não necessariamente a[s] noite[s] de boémia. Destas já houve o seu tempo. Mas nunca foram a regra. E de excepções ainda vou gostando. E ainda vou aguentando. Mas, sim, gosto da noite. Com calma, sem pressa, a escorrer o seu tempo, devagar. Até já não ser noite. Até ser dia. É que, mais logo, virá outra noite.

Diz-se [ou, melhor, diziam-me os mais velhos] que a noite é má conselheira. Não acho. Nunca achei. Até agora convivi bem com a noite. Muitas vezes, toda a noite. E nunca me perdi. Nem a noite se esgueirou de mim. E sempre esteve comigo de uma forma suave e meiga. Como uma companheira, amiga ou amante. Do modo que eu gosto...




domingo, 5 de abril de 2009

Mudanças... talvez!


A propósito dos dois textos relativos ao desafio ali em baixo [e de outros que coloquei desde o início do blogue], acho que necessito de ser comedido nas palavras. É que, reconheço, muitos deles são extensos. Com tretas a mais. Que levam tempo em demasia a serem lidos. Tempo precioso para quem se enredou no corre-corre do dia-a-dia. E que talvez sejam maçadores para quem aqui chega.

Deixo-me levar pela inclusão de descrições e de detalhes que aumentam as linhas do texto e que, quase sempre, poderiam ser dispensados. E a sua falta não comprometeria a compreensão do que pretendi transmitir, quer tenham sido factos, ideias ou parvoíces. No fundo, é como se alguém pretendesse ir das Antas à Foz e, para isso, fosse para sul pela Via de Cintura Interna, tivesse atravessado para o lado de Gaia pela Ponte da Arrábida e, depois, voltasse ao Porto pela Ponte D. Luís, tomass e o rumo da Âlfandega e, então, percorresse a marginal até à Foz. O passeio é agradável [desde que não seja feito em horas de ponta], mas nada interessa a quem quer ir apenas das Antas até à Foz.

E, deste modo, talvez hajam mudanças na feitura dos posts futuros. Há, pelo menos, o propósito que sejam mais curtos e directos [mas, por motivos óbvios, este ainda não conta...]. Até porque, assim, talvez me permita atingir o objectivo de, até ao final deste ano, publicar o post com o número 1.000.000 [aos primeiros duzentos já cheguei...].

A ver vamos, tá?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Há ocasiões assim...


Ontem à noite, quando estava a escrever o post anterior, tinha pensado utilizar cores para duas palavras: azul para verdade e castanho para mentira.

Mas não o consegui. Dei voltas e reviravoltas aos modos de edição e... nada!

Agora, de repente, descobri o que ontem estava errado. Mas foi só agora, quando o post já foi publicado. Isto faz-me lembrar as alturas em que procurámos um objecto do qual perdemos o tino e, passados uns tempos, lá o encontramos... quando já não é necessário.

Por vezes, há ocasiões assim...

Ufa, até que enfim!...


Antes de me lançar no deslindar das verdades e das mentiras colocadas no desafio do post anterior, desejo:
a) referir que a minha opção de efectuar um sorteio [é que fiz mesmo um sorteio com fichas numeradas...], para determinar os desafiados, foi quase um fiasco. Por minha culpa, claro! É que, dos nove sorteados, cinco não tiveram a gentileza de me endereçar uma palavra [em abono da verdade, também não eram obrigados a isso, mas...]. Fica este registo para eu não voltar a cair no mesmo erro.
b) manifestar o meu apreço e o meu muito obrigado às quatro bloguistas que aceitaram o desafio, bem como às restantes que, não tendo sido desafiadas, também deixaram os seus palpites.
c) expressar, a cada uma das bloguistas a que me refiro na alínea anterior, a minha amizade através de um olá, de um sorriso e de um abraço.

Agora, e tendo em conta o tempo decorrido após a publicação do post, pode-se dizer que a verdade pode demorar, mas o certo é que vem [quase] sempre ao de cima. Daí que, sem mais demoras, vou passar a referir-me às verdades e às mentiras daquele desafio.

Então, vamos a isto:
1. A ideia surgiu-me com uma história que tem mais de vinte anos. Uma das sobrinhas, na altura com oito ou nove anos, suspeitava e dizia lá em casa que eu usava capachinho. Até que um dia, não tive outro remédio e deixei-a puxar-me o cabelo com toda a força. E como não lhe apareceu uma careca, então as dúvidas da pequenita dissiparam-se de vez. Até hoje. Daí que esta é mentira, ok?
2. Esta é bastante óbvia [que falta de imaginação a minha!...], pois quase todas as pessoas que conheço gostam de ler livros e de ouvir música clássica. E, como não fujo à regra desses gostos, esta é verdade.
3. Desde os tempos em que, com dez anos, frequentei o ginásio da Soares dos Reis, no Porto, ficou-me sempre o gosto pela prática do exercício físico. E mais tarde, na tropa, uma das actividades que me dava mais gozo era a da ginástica, logo pela manhã. Há cerca de trinta anos comecei a ter aulas de ténis e, desde aí, é uma modalidade que pratico quase diariamente e com imenso prazer. Nos últimos anos, tenho participado em torneios do calendário oficial da F. P. Ténis, como aquele em que vou jogar neste fim de semana na localidade onde vim passar uns dias até à Páscoa. Portanto, esta também é verdade.
4. Não sei explicar porquê. Sei que não tem nada a ver com o facto de ser adepto do fêcêpê. E é certo que também tenho roupa de outras cores [caso contrário, a monotomia cromática do vestuário ainda seria maior...eheheh]. Mas, de facto, a minha tendência é para comprar roupa em tons de azul. Manias... Então, temos mais uma verdade.
5. Esta, creio, é outra das afirmações óbvias para muita gente. Gosto imenso de conduzir veículos [de quatro rodas, claro!]. E a condução pode ser por autoestradas, por estradas municipais ou por estradas que serpenteiam as serras. Desde que seja fora das grandes cidades, óptimo! Mais uma verdade, ok?
6. Os cigarros começaram a acompanhar-me a partir dos quinze anos. Hoje um cigarrito, uns dias depois outro. E voilá, vinte anos mais tarde, estava a fumar dois maços a dois maços e meio por dia. Era um prejuízo para o bolso e, pior de tudo, para a saúde [expectoração, cansaço, tosse]. Até ao dia em que tomei a decisão de deixar de fumar. Nos três meses seguintes foi preciso aguentar bem o leme do barco, pois a falta dos efeitos da nicotina no corpo fazia levantar ondas de ansiedade muito fortes. Depois, gradualmente, as águas do mar encapelado foram-se aquietando, aquietando, aquietando... E, assim, há quase trinta anos que não fumo [e, quando tenho oportunidade, aconselho fumadores, principalmente jovens, a deixarem de o ser]. E considero ainda que foi umas melhores decisões que tomei na minha vida. Portanto, em relação ao facto de não conseguir libertar-me do tabaco, temos aqui outra mentira.
7. A fotografia é um dos meus hobbies preferidos. E comecei relativamente tarde, pois apenas tive a minha primeira máquina aos vinte e cinco anos. Desde há muitos anos que fotografo tudo o que me atrai a atenção: as paisagens a perder de vista, as pontes com os seus arcos, os pôr-de-sol alaranjados no horizonte ou as teias das aranha orvalhadas pela manhã fresca. E nas reuniões de família, nos almoços ou jantares com amigos, nos encontros com os amigos de curso, lá estou eu a fazer o papel de paparazzi de meia tigela. E o que mais gosto é registar os rostos das pessoas, feições despreocupadas ou não, mas desprevenidas, sem pose. E, confesso, os modelos preferidos são os meus netos. Tenho fotos espectaculares dos rostos deles [as fotos são lindas, não pela perícia do fotógrafo, mas devido aos netos, pela sua inocência, pela sua doçura, pela sua naturalidade de crianças]. Portanto, verdade, tá?
8. Ora aqui está uma afirmação que, certamente, fez rir à gargalhada quem me conhece bem. De facto, para mim, os veículos de duas rodas são umas maravilhas da técnica de locomoção... desde que estejam nas mãos e nos pés dos outros. Porquê isto?... Há muitos anos, tinha eu sete ou oito, fui andar de bicicleta para o jardim da Praça Velasquez, no Porto [agora a praça tem outro nome] com alguns miúdos da minha idade. Depois de várias voltas, dei um trambolhão do caraças ou do carago, sei lá! [peço-vos desculpa pelas expressões, mas sou tripeiro], e esfarrapei as calças e os joelhos. E, quando cheguei a casa, lembro-me que a minha mãe, ao ver o meu estado lastimoso, ainda me esfarrapou bem o rabiosque com o que tinha mais à mão. Nunca mais voltei a bicicletar [este termo existe?...]. Mas a minha relutância às duas rodas não ficou por aqui. Alguns anos mais tarde, já eu era um espigadote com 16 ou 17 anos, aproveitei uma boleia de um amigo numa motorizada. E como atrás não havia suporte para os pés [aquela motorizada não foi produzida para tranportar duas pessoas], lá coloquei os pés, um de cada lado, nos suportes metálicos que se fixavam no centro da roda traseira. Mas, por imperícia ou por azar, o meu pé esquerdo resvalou para o interior dos raios da roda. Em segundos, o calcanhar do sapato ficou desfeito e logo depois foi o meu próprio calcanhar a ser raspado até ao osso. Ainda recordo com alguma impressão dorida os três meses que andei entregue aos cuidados de um enfermeiro a curar o calcanhar. Daí que, na minha mente, desde então ficou um registo bem marcante: duas rodas, nunca mais!... E, pronto, é a última mentira do desafio.
9. Gosto imenso de peixe grelhado no carvão e escalado [isto é, aberto ao meio, o que dá azo a menos tempo na grelha e permite que o peixe fique com uma textura mais tenra]. Para mim, o que há a salientar na receita que indiquei é o molho: azeite, alho e coentros. E foi assim que, há alguns anos, uma dourada me foi servida no Restaurante do Luís, em São Torpes [quem vai de Sines para sul, junto da central a carvão da EDP, desvia à direita em São Torpes com rumo a Porto Côvo; encontra logo à direita um restaurante, o Trinca-Espinhas, continua e, umas centenas de metros à frente, do lado esquerdo, lá está o Restaurante do Luís; e quem lá puder ir, garanto-vos que o peixe é sempre bem grelhado - digo-vos já que não ganho nada com a publicidade... eheheh]. E, pronto, esta é a última verdade.

Ufa, até que enfim!...

E quem registou os seus palpites no post anterior, já pode verificar a pontaria, ok?

Agora, vou ali abaixo fazer o escrutínio das vencedoras [dado que não pode haver vencedores, como foi bem observado num dos comentários lá feitos].

Até já!