tretas -> ardis, manhas; palavreados; lérias; palanfrórios; e coisas sem importância [algumas vezes com...]
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Aí vem o 2011!
Todos os analistas económicos dizem que, no próximo ano, teremos de apertar o cinto. Isto, como é evidente, para quem ainda o pode fazer, dado que há muita boa gente que já não tem mais furos no cinto.
Sem pessimismo, mas com o realismo da situação económica e financeira do país, que nos é apresentada todos os dias através dos artigos dos jornais ou das notícias da rádio e da televisão, aqui ficam os meus votos do melhor possível para cada um de nós no próximo ano.
E se não for o melhor possível, ao menos que haja saúde!
domingo, 26 de dezembro de 2010
Noite de consoada
Era uma vez... uma noite de consoada.
Mas este conto não vem dos tempos antigos, como é normal quando se começa com "era uma vez...". Não, a história desta noite de consoada é recente, aconteceu há dias.
Naquela noite, o Zacarias sentou-se à mesa para o jantar de consoada. Trata-se de um homem com quase sessenta anos e um rosto em que se notam as rugas deixadas pela marcha do tempo. Não se encontrava sózinho para consoar, tinha a companhia de um familiar. Na mesa, havia de tudo o que era habitual nesta quadra natalícia, como se fosse em casa dos pais quando era pequeno. Nas travessas, estavam os lombos de bacalhau, as pencas e as batatas, tudo cozido, e depois, no prato de cada um, regado com molho de azeite e alho. Ao contrário dos outros anos, em que se bebia um maduro branco, esta noite foi aberta uma garrafa de tinto da zona do Dão. Para a sobremesa, haviam rabanadas, sonhos, aletria, bolo-rei e outros doces.
Mas o Zacarias não estava contente naquela noite. Até se poderia dizer que estava com um ar triste, o que aliás não era diferente do seu estado de espírito das últimas consoadas. As razões para a sua tristeza eram bem dele e não as manifestava a ninguém. O certo é que ultimamente andava cada vez mais fechado em si mesmo e, devido a isso, já manifestava tiques de velho taciturno e resmungão. E isto era uma situação que ele não queria de modo algum, pois sempre pensou que não gostaria de tornar-se um velhote rezingão.
Como poderia ele evitar aquele crescendo de atitudes negativas? O que poderia fazer? Como é que voltaria a ser o homem alegre e de bem com a vida com era antes? Estava farto de pensar no assunto. E quanto mais tempo dedicava a analisar o seu modus vivendi na última década, mais convicto ficava que teria de dar uma volta de 360 graus à sua vida, de virar do avesso muitas das atitudes e das vivências que teve nos últimos anos.
E quando é que o Zacarias irá tomar uma resolução naquele sentido? Nos próximos meses, pensa ele.
Na noite de consoada do próximo ano saberemos se o conseguiu.
...
- E pronto, Tiago, chegou ao fim a história da noite de consoada do Zacarias que...
- Ó Nando, eu sei que o Zacarias não existe, é tudo da tua imaginação.
- Pois... às tantas tens razão!
sábado, 4 de dezembro de 2010
E já lá vão 4 anos!
E já lá vão 4 anos! Foi neste mesmo dia, do ano de 2006, que este sítio foi lançado à blogosfera.
Mas 2010 foi para este blogue mais um ano de crise, que já se vinha a notar durante o ano anterior. E se não fossem tomadas medidas drásticas no que respeita a textos publicados, o ano em curso seria um dos piores desde que o blogue foi criado.
Houve pressões externas para recorrer aos apoios do FMI [Fundo Manuscrito Internacional] e do BCE [Banco Central de Escrita], a fim de se cobrir o déficit em que o blogue estava cada vez mais mergulhado desde o primeiro quadrimestre.
Todavia, consegui aguentar o "tretas e... outras" sem recurso a apoios externos. O mês de Novembro passado foi o ponto de partida para a recuperação. A ver vamos se vai continuar neste sentido.
E a todos vós, visitantes, que trazeis a vossa simpatia até este espaço, o meu imenso: obrigado!
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