Não vou aqui falar do Estoril Open. E porquê? Porque já toda a gente sabe que a Maria Kirilenko e o Roger Federer foram os vencedores deste ano. Certo?
Hoje apetece-me contar uma parábola. E que começa como todas as histórias começam. Então, aqui vai.
Era uma vez um restaurante, mais ou menos conhecido pelas suas ementas simples. Aos sábados e domingos, a refeição do dia era a "omeleta de camarão à moda da casa". Tratava-se de um prato muito apreciado pelos clientes habituais.
A meio da manhã daquela sexta-feira, o cozinheiro estava a verificar a qualidade e a frescura dos ingredientes, ovos e camarões, antes de os armazenar na arca frigorífica para utilização no dia seguinte. Às tantas, de repente, chegou à cozinha o dono do restaurante, esbaforido, a berrar:
- Ó chefe, não temos fogões pr'amanhã!
- O quê?...
- É o que lhe estou a dizer! Também eu fiquei assarapantado!
- Mas o que foi que aconteceu?
- Chegou um tipo do tribunal p'ra executar uma penhora feita pelos gajos do leasing.
- Uma penhora?... Porquê?
- Ora, porquê!... Porque há mais de meio ano que não pago as prestações.
- Ó patrão, se é assim, então o melhor que tem a fazer é 'cancelar' o restaurante, não é?
- Nem pense nisso! O que vou fazer já é dizer aos clientes p'ra voltarem daqui a uma semana, porque nessa altura já devo ter solucionado o problema dos fogões.
- Ó patrão, mas...
- Ó chefe, agora não há mas nem meio mas... Vou fazer como lhe disse e...pronto!
E a parábola termina aqui.
À primeira vista, este texto parece que nada tem a ver com ténis. Por isso, a quem assim o entender, sugiro para adapatá-lo a um torneio de ténis em que as funções do juíz-árbitro correspondem ao trabalho do cozinheiro.
E, a quem aqui comentar a história mais imaginativa, terei o gosto de atribuir o prémio mais importante deste blogue: a 'treta' dourada!...