sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Há momentos em que…



Há momentos em que as imagens das recordações, quase sempre guardadas a sete chaves no cofre do subconsciente, passam na tela do dia-a-dia em ritmo acelerado como nos filmes do cinema mudo.

Há momentos em que o rosto sombrio, por se assemelhar aos dias cinzentos dos invernos sem sol, não consegue abrir-se num sorriso, tal é a onda de tristeza que sente inundar o resto do corpo.

Há momentos em que o estar só tem apenas o sentido de estar mal acompanhado e, por isso, como a lua cheia sem luar, a solidão ainda dói mais.

Há momentos em que se deseja mandar tudo à fava, tal é o desânimo que se atira em vagas sucessivas contra a vontade de fazer alguma coisa.

E também há momentos em que apetece gritar: que vida de merda!




segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É preciso estar atento…



Eu sei que quando somos jovens temos a tendência para azular de claro os sentimentos e as atitudes de toda a gente, somos muito ingénuos e cheios de boa fé.

Mas os anos vão correndo em frente e, com o passar do tempo, o azul vai escurecendo, a nossa ingenuidade vai-se embora com o vento da vida e isso leva a que alguns dos outros já não nos parecem ser tão boas pessoas. É então aí que as imagens dos sacanas nos surgem, feias e imprecisas como retratos tirados à la minuta, mas verdadeiras como as rugas que nos foram aparecendo com os entas.

É preciso estar atento porque muitas vezes as imagens dos tais sacanas estão fora da nossa visão normal, são como uma película impregnada, a imagem está lá mas apenas se torna visível após a revelação do filme. E a descoberta de um sacana apanha-nos quase sempre desprevenidos, pois não estamos a contar com uma coisa daquelas.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sonhadores...



Não interessa muito se o sonho foi bem estruturado em todos os pormenores, e se estes, na sua dinámica individual, foram coerentes entre si. Nada disso é suficiente.

O que importa, de facto, é se o sonho pode ter alguma ligação com a realidade e se os seus detalhes convergem para uma concretização viável e duradoura. É aqui que reside toda a dificuldade da urdidura mental dos sonhos. E é aqui que, ao não ocorrer aquela simbiose entre o sonho e a realidade, se registam os traumas e os desesperos dos eternos sonhadores.




domingo, 1 de janeiro de 2012

Já chegou o 2012!




Ao ritmo de segundo a segundo, já cá está o ano de 2012.

E, pelos vistos, não vem com cara de bons amigos... eheheh