quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

E se fosse ao contrário?...


De vez em quando a questão da violência doméstica é notícia nos jornais. Quase sempre tendo mulheres como vítimas. Até porque alguns estudos revelam que mais de trinta por cento das mulheres são agredidas pelos maridos ou companheiros e que cerca de noventa e três por cento dos crimes de violência doméstica são praticados contra as mulheres.

Mas os casos que vêm a lume são uma pequena parte do problema, dado que só cinco por cento das situações chegam ao conhecimento público. Apesar de tudo as denúncias têm vindo a aumentar nos últimos anos. Isto porque já não colhe a justificação dada antigamente na urgência do hospital que a mulher tinha tropeçado num ácaro do tapete e batido com a cara na esquina da cómoda do quarto e, por outro lado, as vítimas cada vez estão mais conscientes dos seus direitos e têm mais opções de apoio social e segurança financeira.

A ideia para este ‘post’ surgiu-me em Barcelona quando, há cerca de um mês, abri o jornal Metro e deparei com esta pequena notícia:


E, então, pensei: e se fosse ao contrário?... Ou seja: e se as mulheres não tivessem receios e denunciassem todos os crimes de violência a que são sujeitas em casa? e se as polícias e os tribunais funcionassem correctamente e a tempo? Talvez, então, os casos de violência doméstica diminuissem bastante por uma de duas razões, ou até por ambas: os agressores, maridos ou companheiros, estariam na prisão durante uns meses ou tomariam consciência cívica do respeito que é devido às mulheres.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Em 2008, foi a primeira vez!...


Ontem, ao princípio da noite, fui ao Estádio do Dragão. Em 2008, foi a primeira vez que lá fui [... também foi o primeiro jogo de futebol lá realizado este ano para a Liga Bwin].

E, para começo de ano, não foi nada agradável. Pelo contrário, foi um mau jogo de futebol e, no fim dos noventa minutos, a única coisa positiva foi o resultado favorável aos azuis-e-brancos [do meu ponto de vista, claro!]. Resultado escasso contra o Naval, por 1-0.

Para o clube que quer ser novamente campeão nacional e ter aspirações na próxima fase da Liga dos Campeões Europeus, o F. C. do Porto mostrou pouco, isto para não dizer muito pouco. E para os portistas, como eu, fica o desejo de melhores exibições [e com resultados positivos, como é evidente].

E durante os próximos três ou quatro meses não voltarei a falar de futebol neste sítio. Excepto se, entretanto, acontecer algum facto com interesse para ser realçado.

E não posso terminar este 'post' sem um: Bibó Porto, carago!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O meu ‘retrato’…


É habitual dizer-se [e se não é, paciência! foi este início de ‘post’ que me saíu na rifa – pela ‘carruagem’ já se está a ver o ‘comboio’ que isto vai dar…] que por trás de um blogue está sempre, ou quase sempre, um ‘nickname’. E também se diz que por trás de um ‘nick’ há sempre uma pessoa. Até aqui, creio, estamos todos em concordância, certo?

Ora, acontece que, em geral, os navegadores da blogosfera, quando se tornam mais assíduos nas suas visitas a um ou mais blogues, tendem a criar o ‘retrato’ dos responsáveis daqueles sítios. E isto ocorre, quase de modo inconsciente, através da leitura dos textos que lá vão sendo publicados ou ainda pela visão das fotos que lá vão encontrando, ou até pelo conteúdo de alguns comentários que outros vão deixando. E o retrato assim idealizado reporta-se quer à figura ‘moral’ do bloguista, quer à sua figura ‘física’.

E, apesar de não ter dados estatísticos do INE, quase me atrevo a afirmar que aquele retrato nunca corresponde à realidade. Foi por ter pensado nisto que aqui resolvi fazer o meu retrato ‘à la minute’. Não me vou fotografar sob o aspecto ‘moral’, por ser completamente desnecessário, já que toda a gente sabe que sou boa pessoa e que não digo mal de mim a ninguém. E, assim, a focagem das lentes vai inteiramente para a minha figura ‘fisica’.

E que figura!!!... Tomai nota e não vos espanteis com os números:
- altura: 197 cm
- peso: 186 kg
- cintura (cimo, meio e baixo]: 104x178x92 cm
- volume corporal: por determinar [mas não passo despercebido]

Diz quem me conhece, e eu até concordo, que sou elegante dentro do género ‘pró espaçoso’.

Apesar do volume, movimento-me mais ou menos bem, sem apoios de bengalas. Mas tenho alguns problemas de espaço nos momentos de entrar para o carro e ‘acondicionar-me’ lá dentro [e, por vezes, acontece que alguém fica em terra para eu poder seguir viagem] ou de me sentar no sofá comprido da sala de estar a ver televisão, pois não sobra lugar para mais ninguém, quer no sofá, quer na sala… Fora estas questões, faço uma vida normal como qualquer um.

Bem, como qualquer um não é bem assim, porque todas as manhãs perco quase hora e meia para tentar ajeitar o capachinho na cabeça, pois o raio do dito ora descai para a esquerda, ora tende para a direita [atenção, não estou a falar dos políticos…], ou então resvala para a frente dos olhos ou cai todo para a nuca [deve ser por falta de qualidade da cola ou por qualquer defeito do espelho do quarto de banho, ainda não cheguei a uma conclusão]. Por causa de toda esta trabalheira, uma manhã decidi sair de casa sem o dito acessório, mas ao cruzar-me com as pessoas na rua notei alguns sorrisos trocistas e até uma serigaita, por sinal bem jeitosa, disse ao passar por mim: “E tudo o vento levou…”. Depois dessa experiência nunca mais saí à rua nos mesmos preparos, prefiro ter aquele exercício matinal de cobrir o ‘aeroporto’.

E sinto-me bem assim. Apesar das discriminações que, a torto e a direito, vou sofrendo. Como, a título de exemplo, a falta de consideração que tive por parte do Blogger. Sim, é verdade. Certamente já reparasteis que não tenho a minha foto no meu blogue, certo? E sabeis porquê?... Eu digo-vos: perante a minha insistência para editar a foto cá do egas, os responsáveis daquele servidor disseram-me que a página da web não tinha espaço suficiente para o meu perfil. Na altura não percebi bem o que os tipos quiseram insinuar, mas depois achei que utilizaram para ali um trocadilho… [e, atenção, bloguistas visitantes, não acho de bom gosto esses vossos sorrisinhos gozões, ai não acho, não!].

Pronto, creio que, em pixeis gerais, o retrato está feito. E partir de agora já não há mais razões para não me ‘avistarem’ na rua e não gritarem, a pulmões cheios: “Olá, nandokas”.

E esta, hein!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Amanhã é outro dia…


Nem sempre as coisas são como as pensamos ou idealizamos. Por isto ou por aquilo, há situações que passam um pouco ao lado das nossas ideias ou dos nossos desejos. E muitas vezes as questões que se nos deparam, com pontos de interrogação minutos antes não adivinhados ou então pouco definidos, de tal modo se agigantam como ondas de marés vivas que o melhor é reduzir a pressão, descomprimir, sair por momentos. Mesmo que seja apenas para estarmos sós… com os nossos pensamentos.

Está noite feita, o dia de amanhã estás prestes a chegar. Há meia hora, fui dar uma volta por três quarteirões ao redor da rua, para acalmar ou clarificar alguns pensamentos, e aproveitei para levar o saco do lixo para o contentor. Poderia ter sido ao contrário, ou seja, poderia ter levado o saco do lixo para o contentor e ter aproveitado para dar uma volta. Mas não, foi exactamente como disse atrás, e porque precisava quase deseperadamente de estar só… com os meus pensamentos.

Já há muitos anos, talvez mais de vinte, que não sentia esta necessidade forte, pressionante, de me isolar para pensar. E, depois de caminhar durante cerca de meia hora e, como entretanto começou a chuviscar, apesar de ter ensopado ligeiramente a cabeça, os pensamentos aqui continuam quentes como antes, sem terem encontrado respostas para as minhas dúvidas.

E, agora, o melhor que tenho a fazer é ir para a cama, dormir. Amanhã é outro dia e, como não vi as previsões do tempo, fico com a esperança que a manhã nasça com sol…