quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dia Mundial da Poupança

31 de Outubro.

Hoje não gastei um tostão [ou melhor, um euro]. Para poupar?... Não, apenas porque não necessitei de comprar fosse o que fosse.

E tu, poupaste?

Sorte ao jogo?


Jogo no Euromilhões, quase todas as semanas. No início, preenchia o boletim de apostas ao balcão de um quiosque de um café perto de casa. Mas agora, e desde há cerca de três anos para cá, faço-o pela internet. É mais cómodo. Jogo normalmente uma aposta, por vezes duas. E gasto dois euros por semana, de vez em quando um pouco mais. Mas… os prémios, onde estão? Sim, os prémios que valem a pena, os de milhões, onde estão?... Também nesta situação de jogos de apostas há os ‘fihos’ e há os ‘enteados’. Aqueles, os ‘sortudos’, que são poucos, arrebanham os prémios ‘gordos’; aos outros, os ‘tansos’, que se contam por milhões [eu incluído], calham os prémios ‘mixurucas’ ou nem isso.

É tudo uma questão de sorte ao jogo, de ter ou não ter, não é?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A moral tem histórias?


Se há histórias que têm moral, a moral também tem histórias e, se não acreditas, então vou contar-te outra história, um sujeito de idade já um pouco avançada, sentindo o aproximar do fim dos seus dias, chamou os três filhos, já todos adultos, e disse-lhes com a voz trémula de emoção, meus filhos dei-vos tudo quanto pude para viverdes bem e felizes, agora que estou quase a partir deste mundo..., nesta altura é interrompido pelo filho mais velho que lhe diz, ó pai você ainda vai durar muitos anos junto de todos nós, continua então o pai, eu sei o que digo mas, como não sei o que vou encontrar para lá deste mundo, quero pedir-vos para na altura da minha morte colocardes no caixão duzentos contos cada um, falou então o filho mais novo, ó pai não se preocupe, você vai viver ainda muitos e muitos anos, mas quando morrer nós cumpriremos o seu desejo, passados dois meses morreu o velho desta história, na altura da vigília o filho mais velho lembrou aos irmãos a vontade expressa pelo pai e puxando da carteira contou duzentos contos em notas e colocou-as dentro do caixão, o irmão do meio também tirou notas da carteira, contou até duzentos contos e pô-las também no caixão, o filho mais novo hesitou alguns instantes, depois pegou na carteira, passou um cheque de seiscentos contos, colocou-o no caixão e retirou os quatrocentos contos em notas, guardando-as no bolso, os outros irmãos reagiram ao mesmo tempo, o que é que fizeste? resposta do mais novo, o pai para onde vai pode descontar o cheque, não pode?... Então agora pergunto-te eu, a moral tem ou não tem as suas histórias?


Nota: Texto escrito em Dezembro/1996

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Estou cá c’uma pedrada!...


Pedras e pedradas, conta-se à boca cheia a história verídica, ou não, daquele fulano que ia pela rua fora, noite feita, às tantas vê um tipo com uma pedra na mão, a bater na própria cabeça... toc... toc..., então perguntou-lhe, ó pá que estás a fazer? o outro respondeu-lhe com um sotaque de quem é tripeiro, nascido e criado na Ribeira, ó meu num me digas nada, estou cá c’uma pedrada!... o nosso fulano lá foi rua abaixo e passados alguns metros topou um outro gajo com uma pedra em cada mão e também a bater na cabeça... toc, toc...toc, toc..., um pouco a medo o nosso personagem fez a pergunta, ó pá o que é isso? resposta do outro, ainda mais tripeiro do que o primeiro, ó meu num bês que tou c’uma oberdose? o nosso herói continuou rua fora e, mais adiante, viu um sujeito sentado no vão de um portal e um monte de pedras ao lado, um bocado receoso o nosso homem interrogou, ó pá o que estás aí a fazer? o outro olhou para o lado de cima da rua, olhou para baixo e depois disse em surdina, ó meu entom num tás a ber que tou a traficar...


Nota: Texto escrito em Dezembro/1996

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Quarto crescente…


Uma fatia de queijo, cortada à faca de um quarto de flamengo, com a forma de um ‘dê’ meio inclinado. Um pano denso de algodão, tinturado de preto, a servir de fundo. E uns cristais de sal marinho, cheios de brancura, espalhados à toa. São estes os elementos, dispostos num puzzle harmonioso, que ‘observo’ através da janela da cozinha.

São dez e meia da noite. E a Lua mostra-se à Terra numa das suas fases de quarto crescente…

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cá estou de novo...

Após três meses e meio sem actividade no blogue, cá estou de novo..., mas mais velho! Claro, mais velho três meses e meio.

Este interregno não foi planeado para durar tantas semanas, mas, quase sem dar por isso, foi-se alargando no tempo. Primeiro, foram as férias durante os meses de Julho e Agosto, gozadas na costa alentejana. Depois, em Setembro, precisei de dar assistência diária à minha mãe, que está incapacitada devido a doença e aos seus quase 90 anos. E a seguir, nestes quinze dias que já leva este mês, deu-me a preguiça...

Entretanto, aproveitei todo este tempo para reflectir acerca do meu modo de 'fazer' o blogue. Ultimamente, na primeira metade deste ano, sentia-me quase 'obrigado' a publicar textos todas as semanas, era uma espécie de 'competição' comigo próprio. E, com esta reflexão, cheguei à conclusão que a minha atitude não tinha sentido, dado que já não estava a ter o prazer inteiro de 'blogar' como na altura em que me meti nestas coisas da blogosfera. Por isso, a partir de agora, os meus 'posts' serão publicados quando sentir 'gozo' nisso.

Até breve.