segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Bom ano 2008


Presépios [6] - versão 2007


Hoje o pessoal cá de casa chamou a minha atenção para o facto de faltar a publicação de um presépio. Fui verificar a pertinência da 'reclamação' e o que constatei foi o seguinte: em Janeiro passado foi publicado o presépio [6] sem pintura e, entretanto, a 'artista' residente deu-lhe um toque pessoal nos últimos meses.

É a versão do Natal 2007 daquele presépio que se regista aqui:



Nota: Presépio em barro, pintado, composto por cinco peças.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Prenda de Natal


Não tenho por hábito dar à estampa no blogue as prendas que recebo pelo Natal [também, e para pôr os pontos nos ii, não houve muitas oportunidades para isso, pois esta é a segunda quadra natalícia que este blogue 'vive' e na primeira não tinha um mês sequer, ainda andava de 'fraldas'...]. Mas, como quase todas as regras, a minha também abre aqui uma excepção.

E porquê? Porque acho que devo partilhar convosco parte de uma das prendas que recebi na noite do passado dia 24. E a minha partilha representa duas das quatro partes em que dividi o conjunto da prenda.

E essas partes são as seguintes:
1.- a caixa de cartão prensado, de cor preta, com um rótulo autocolante de 10x30 cm, no lado de cima, onde se lê Douro Sabores, que acondicionou [e ainda acondiciona] o contéudo principal da prenda;
2.- a frase, que se pode ler na continuação do rótulo para a outra face da caixa, a fechá-la;
3.- o conteúdo propriamente dito;
4.- a ementa que está afixada no interior da caixa.

Aqui fica o registo fotográfico do conjunto:


Agora, é chegado o momento de 'dividir' convosco o que acima está descrito.

E começo a partilha com a 2ª parte. A tal frase é esta:

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original"
Albert Einstein

Continuo com a 4ª parte, cujo título é:

"Ameixas em vinhos recheadas com nozes"

Ingredientes:
20 cl de vinho tinto
20 cl de vinho do Porto
3 cl de vinagre
250 gr de ameixas secas
250 gr de nozes
4 colheres de sopa de frutose
1 pau de canela
1 cravinho
1 pitada de pimenta da Jamaica moída
1/2 colher de café de gengibre em pó
1 raspinha de noz moscada
1 casquinha de limão

Com uma faca fazer um golpe nas ameixas e retirar o caroço.
No lugar do caroço colocar as nozes previamente descascadas, recheando assim as ameixas (meia noz para cada ameixa). Reservar.

Ferver em lume brando os restantes ingredientes durante 30 minutos para que evapore a maior parte do álcool.

Ferver os frascos durante 20 minutos aproximadamente.
Colocar as ameixas dentro dos frascos e encher com a calda até que todas as ameixas fiquem cobertas.

Fechar os frascos ainda quentes e pôr a ferver em banho-maria durante 5 minutos.
Retirar do lume e deixar arrefecer.

Pode ser saboreado a partir do dia seguinte. Ainda assim, após um mês no frasco todos os sabores e aromas estarão melhor combinados.
Pode guardar-se durante cerca de um ano num local fresco.

É um excelente acompanhamento para um gelado de limão, Vinho do Porto Vintage ou prato de carne assada... a imaginação é o limite...

Bom apetite!


E, pronto, fico 'apenas' com a caixa e o recheio da mesma [que, posso assegurar-vos, contem todos os ingredientes para a execução daquela receita]. Prometo que vou tentar seguir com toda a atenção aquelas instruções, com a ajuda indispensável da minha 'outra' metade, e depois, já 2008, digo-vos o resultado, ok?

Antes de terminar, aqui fica o: obrigado, 'senhor' filho!

Nota: Sem qualquer interesse da minha parte, e publicidade à parte, deixo a seguir o contacto da empresa 'criadora' daquele conteúdo:
Quinta de Tourais
5100-424 CAMBRES
q.tourais@gmail.com

sábado, 29 de dezembro de 2007

Presépios [12]


Há três dias escrevi aqui que tinha terminado a apresentação dos presépios cá de casa, mas acrescentei na altura um "até hoje...". E ainda bem que me preveni com aquela ressalva, dado que há a registar mais um presépio que comprei hoje ao fim da tarde para a colecção cá de casa.

Aqui estão quatro fotos do presépio, em 'ambientes' diferentes:






Notas:
1.- O presépio é de barro, policromado, da autoria de Olides Leça, cuja página pode ser consultada aqui.
2.- À autora do presépio, se aqui vier, faço um pedido e fico desde já grato pela resposta, dado que não sou um 'expert' nestas coisas do barro: a informação 'técnica', indicada na nota anterior, acerca do trabalho está correcta?
3.-Não posso deixar de referir que descobri os presépios da Olides Leça através de uma 'dica' da pin gente para ver o seu 'post' de 23/10/2007.
4.- Do conjunto de quinze fotos que fiz do presépio [vantagens da fotografia digital...sempre!], decidi publicar aquelas quatro, dado que, após várias apreciações, não consegui decidir-me apenas por uma [desvantagens da fotografia digital...às vezes!]. Daí que, a quem aqui vier e pretenda deixar o seu comentário, faço também um pedido: qual das fotos achas 'mais' conseguida?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Dez anos!


Dez anos! Hoje a Sara celebra o 10º aniversário. São 'duas mãos' de anos, como ontem dizia o irmão, o Tiago.

É a primeira vez que a Sara faz dez anos. É a primeira vez que vai utilizar dois dígitos para indicar a idade nos formulários, quer seja para a matrícula da escola, para a subscrição gratuita da revista do Rik&Rok ou para a inscrição nas aulas de dança ou de natação. E não voltará a celebrar os dez anos. É, portanto, um dia especial.

E se é especial para a Sara, também é especial para os pais, dado que entraram nessa responsabilidade pela primeira vez há dez anos atrás.

Nasceu por volta das oito horas da noite. Mas fez a mãe esperar durante algumas horas, na sala de partos, antes de se dar a conhecer. E fez-nos, ao pai e aos avós, aguardar as mesmas horas, na sala de espera da maternidade. Mas foi uma espera bonita. Por uma filha bonita! E por uma neta também bonita!

E Sarita, por agora e neste blogue, resta-me dizer-te, com um beijinho muito grande, quais são os maiores desejos do pessoal cá de casa, a Inha e eu: tudo de bom da vida para ti, neste dia e... sempre, claro! E muitos parabéns!!!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O cantinho dos pequeninos


Cá em casa a opção foi, desde sempre, ter apenas um televisor. Mas ultimamente têm-se agudizado umas 'guerras' entre os miúdos e os graúdos quanto aos programas de televisão a ver.

Começou já há algum tempo com a Sara a querer ligar ao Panda ou ao Disney, nas alturas em que eu pretendia ver ténis na Eurosport.

Mais recentemente, é o Tiago a fazer equipa com a irmã para verem os desenhos animados daqueles canais ou a querer ver os filmes do Noddy, a minha mulher a reivindicar a ligação ao Sic Mulher ou ao People+Arts e eu a 'ver navios', sem notícias da EuroNews, sem ténis ou sem futebol.

Pensando nisto tudo, e também no facto de a Francisca já manifestar desejos de se ligar aos primos no 'team' dos miúdos, a comissão de gestão decidiu alterar os estatutos cá de casa para permitir a entrada de um televisor de 38 cm e de outro leitor de DVD, de modo a evitar ou reduzir as ditas 'guerras'. Ao mesmo tempo, também resolveu dar um novo arranjo 'urbanístico' ao armazenamento dos brinquedos.

E, assim, há algumas semanas foi inaugurado o novo cantinho dos pequeninos. Aqui fica o registo do espaço.

Olá miúdos, bora lá brincar!

Presépios (11)



Este presépio foi o penúltimo a ser adquirido, no mês passado, em gesso branco.



E é apresentado depois do nº 10 visto que o 'look' actual apenas foi acabado há dias cá em casa, com tintas acrílicas.



Com este 'post' termina a apresentação dos presépios existentes cá de casa [até hoje...].

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Conto de Natal


Ainda não são oito horas da manhã e os miúdos já estão a pé, mais cedo do que é costume. O rapaz tem quatro anos feitos há poucos dias e a irmã está quase a fazer dois. Mal se levantam vão logo à cozinha, onde na noite anterior, depois da consoada, foram pôr os seus sapatitos em cima do fogão.

Os pais, ainda jovens à roda dos trinta e poucos anos, de origens humildes, estão ali ao lado, despertos, a observá-los. E sorriem entre eles, cúmplices, ao repararem nas caras de contentes dos filhos ao descobrirem o que o Pai Natal lhes tinha trazido durante a noite.

A miúda, de pé, embala nos braços pequenos uma boneca simples, vestida com um camisa e uma saia comprida, ambas de chita, enquanto o irmão, sentado no chão, empurra com as mãos uma camioneta de caixa aberta, de madeira, pintada com cores garridas.

Os miúdos não fazem ideia que os pais, nos últimos dois meses, tiveram uma preocupação a mais para, quase todos os dias, pouparem uns tostões de modo a conseguirem comprar aqueles dois brinquedos simples, na loja lá da rua. E também não sabem que os pais, naquele momento, sentem-se compensados daquele sacrifício diário pelo contentamento que notam nos rostos e nas atitudes dos filhos e que isso os torna ainda mais unidos.

Na altura ninguém sabe quando é que a boneca irá ficar sem braços ou sem pernas, pois pode aguentar intacta uns dias ou até uns meses.

Na altura também ninguém pode adivinhar que, daqui a algumas semanas, o miúdo irá brincar para a rua, a caminhar às arrecuas entretido a puxar a camioneta de madeira presa por uma corda, até se precipitar numa abertura de acesso aos esgotos, que os funcionários das águas e saneamento deixaram sem tampa e sem resguardo durante os trabalhos de limpeza lá no fundo.

E não havendo o dom de prever o futuro, naquele momento o que interessa, numa casa onde os recursos são poucos, é aproveitar a quadra do Natal, pois não é todos os dias que há brinquedos novos para as crianças e almoço de ‘roupa velha’, com sobremesa de aletria e rabanadas.


Nota:
O miúdo de quatro anos do conto sou eu. E se, passados quase sessenta anos, hoje estou aqui a escrever estas linhas, escorreito e com saúde, foi graças à conjugação de duas situações de sorte, que muitas vezes me foram recordadas pelos meus pais:
- uma, o facto de ter caído de pé, perpendicular ao chão, a quatro ou cinco metros lá no fundo, e sem ter tocado nos degraus de ferro implantados na parede interior do acesso;
- outra, o facto de ir a passar ali um elemento da Guarda Republicana que, apercebendo-se do que tinha acontecido, desceu logo por aqueles degraus e foi-me resgatar lá ao fundo, que naquela altura estava seco pois decorriam trabalhos de limpeza.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Não vai, não, isso garanto eu!



Eu sabia. Por isso esperei. E este não vai sair pela porta de entrada. Não vai, não, isso garanto eu!



Nota: Fabrico próprio da "Confeitar+Inha" cá para o 'egas' [eheheh].

Árvore de Natal


De acordo com um estudo realizado pela conceituada empresa multinacional Nandokimedia, durante o qual foram contactadas por telefone centenas de milhar de pessoas de ambos sexos, chegou-se à conclusão que os consumidores de imagens estão ansiosos por deitar os mirones à famosa árvore de Natal cá de casa.

Assim, para satisfazer essa curiosidade, este blogue tem o grato prazer de apresentar, pela primeiríssima vez e em estreia mundial, a foto daquele objecto de 'culto'... artístico, claro!




Nota: O administrador deste blogue informa que, este ano, a decoração da árvore de Natal não teve a participação da especialista nesta área. De facto, a 'nossa' Sara, logo após as férias escolares, teve de viajar até ao centro do país para satisfazer outros compromissos. Mas, em breve, estará de regresso para ser protagonista de um grande acontecimento na cidade e arredores. A seguir, com atenção, os próximos 'noticiários'...

Por outro lado, devido à ocupação 'ilegal' [por parte dos 'piquenos' - informação que será dada com mais pormenor noutro 'post'] do espaço habitual de exibição da dita árvore, a 'empresa' responsável pela montagem do evento [não, não foi a mesma daquela que está nos Aliados...] teve de aproveitar da melhor maneira a área próxima e, por via disso, houve que reduzir as medidas da árvore de Natal, de modo a enquadrá-la correctamente no meio ambiente circundante [diga-se, em abono da verdade, que isto até nem foi muito difícil, dado que a dita está concebida num pinheiro ['natural' da serra da Agrela (?)...] com manual de intruções para montar em uma, duas ou três secções [agora foram utilizadas apenas duas secções, tendo a restante regressado ao armazém da 'empresa' - leia-se garagem].

PS: Depois de ler as linhas acima [do texto principal e da nota], fiquei com a sensação de estar perante 'paleio' de políticos. "Muita parra e pouca uva"... Por isso, acrescentei ao 'post' uma terceira etiqueta, a saber: "parvoeiras do tretas". Nem mais...

Presépios (10)


Faz amanhã um ano que iniciei uma série de 'posts' a respeito dos presépios cá de casa. Hoje vou retomá-la com a foto de um presépio adquirido no princípio deste mês.

E do mesmo modo que fiz há um ano, apesar de não ter obtido resposta, lanço aqui de novo o repto da altura, socorrendo-me para isso das mesmas palavras que escrevi: certamente cada um de vós tem um ou mais presépios em casa e, então, partindo desse pressuposto, por que não publicais as suas fotos nos vossos blogues? De que estais à espera?... Mãos à obra!... E, já agora, também vos peço isto: dai-me conhecimento dos vossos 'posts' de presépios para ter o prazer de os ir admirar, ok?






Nota: Presépio executado em tecido de feltro, com a particularidade de cada figura poder ser colocada nos dedos e, desse modo, ser manuseada como marioneta.

... e eu a vê-los passar!


Sei que não deveria ser eu a publicitá-los(*), porque não fui eu que os fiz.

Sei também que quem os vai levar são pessoas amigas e, portanto, bem merecedoras de os 'a-proveitar'... [bom proveito!].

Sei ainda que, hoje ou talvez amanhã, outro exemplar será recolhido da gaveta do forno e que não vai depois sair pela porta da entrada... [não vai, não, isso garanto eu!].

Mas, guloso como sou, ao vê-los ali, tão atractivos com a cobertura de açúcar em pó, não resisti a, pelo menos, registá-los assim




e a pensar para os meus botões, como um anúncio antigo da Citröen:

"... e eu a vê-los passar!"


(*)
- Toucinhos do céu, fabrico próprio da "Confeitar+Inha" [eheheh].
- Aos eventuais interessados, informa-se que não é possível aceitar mais encomendas, dado que a capacidade máxima de produção já está toda tomada até ao Dia de Reis.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal 2007











Ponte D. Luís I
2006
Inha Almeida

Aguarela
28x41 cm



FELIZ NATAL e BOM ANO 2008


São os meus votos para quem vier até aqui. Sem excepções. Apenas com inclusões [porque a amizade, mesmo virtual, tem sempre lugar para mais um...].


Fernando Oliveira

[português, 60+2 anos, tripeiro e... portista, carago!]

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Postal de Natal


A mulher está sentada no chão, no passeio largo. Debaixo de si tem uma manta velha, para se proteger do frio do cimento e do fim do Outono. As roupas que tem sobre o corpo são escuras, já muito gastas pelo uso. Logo atrás dela, a parede em pedra, escurecida pelo tempo, de um edifício que iguala em altura todos os outros à sua volta. Umas dezenas de metros para a sua esquerda situam-se uma cafetaria e chocolataria da Farggi e um dos restaurantes da cadeia Hard Rock Café, e ao redor da praça há outras lojas de marcas conhecidas em quase todo o mundo.

Aquela mulher não tem a metade inferior das duas pernas, notam-se bem as cicatrizes da amputação, em ambos os ‘cotos’, na zona onde antes estariam os joelhos. Tem o tronco um pouco inclinado para a frente, a cabeça cabisbaixa, o braço direito estendido em direcção a quem passa, a palma da mão virada para cima em forma de concha. Está a pedir, mas não fala.

Quase defronte da pedinte, à distância de dois passos, estão dois miúdos asiáticos, de sete ou oito anos. Vestem roupas adequadas para a época do ano e trazem mochilas às costas. Estão parados, também não falam, apenas olham a mulher. E continuam naquela posição de expectadores, durante vários minutos.

O que levou aquelas duas crianças a ficarem ali, especadas, a observar?... Terá sido a deficiência física da mulher? Ou a sua atitude de pedinte? Ou ambas as coisas?... E em que pensam, enquanto olham?


Nota: Surpreendi este postal de Natal na Plaça de Catalunya, em Barcelona, quase ao findar a tarde de hoje, 6ª feira. Mas idêntico instantâneo poderia ser obtido em qualquer outro lado do mundo e em qualquer outra altura do ano. Porque o Natal também é feito de coisas menos boas. Porque o Natal é sempre que os homens querem. Quase sempre mal!...

Barcelona, 14/12/2007

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Filme: “Surpresa!”

Aerporto do Porto, piso superior, zona das partidas.

São 10 horas da manhã. Várias pessoas da equipa de filmagens afadigam-se a montar o equipamento. Num canto, vêm-se as técnicas da maquilhagem a darem os últimos retoques nas caras dos actores.

11 horas. O realizador de megafone na mão, empoleirado junto do camera-man, grita:
- Atenção, todos aos seus pontos de marcação.

E logo depois o assistente, com a claquete na mão, avisa:
- Filme “Surpresa!”, cena 473, take 1… acção!

Ouve-se, nos altifalantes do aeroporto, uma voz feminina, doce:
- Senhores passageiros do voo XG1062 da Clikair, com destino a Barcelona, é favor dirigirem-se à porta de embarque 33.

Os actores ‘principais’ do filme encaminham-se primeiro para a zona de controle de passageiros e depois para a porta de embarque.

O avião já está na pista há alguns minutos. As operações habituais, de fornecimento de combustível e de carga das bagagens, estão terminadas. Os últimos passageiros já entraram. A manga foi agora recolhida.

11:35 hora local. O avião começa a deslocar-se lentamente e toma posição na pista, rumo ao norte. Pára alguns segundos. E, depois, ouve-se o ruído forte das turbinas dos motores a aumentar de rotação, o avião corre na pista e, de repente… está no ar.

Até Barcelona!


Nota do realizador: os actores ‘principais’ [eu e a minha mulher] vamos até Barcelona para fazer uma SURPRESA ao meu filho.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Versos da... neta

Nos últimos tempos, a minha netita mais velha, que tem 9 anos, quando vem cá para casa pede por vezes para a deixar utilizar uma máquina de escrever que anda arrumada ali para um canto.

A máquina foi-me dada pelos meus pais já lá vão mais de 40 anos. Trata-se de uma Olivetti Lettera32 e, apesar de agora necessitar de ser limpa e lubrificada, ainda trabalha mais ou menos bem. E a neta gosta imenso de escrever com a máquina, mas nessas alturas há um problemazito: ela gasta quase meia resma de papel... [passe o exagero, claro!].

Pois, e isto é que interessa e que me leva a escrever este texto, há uma semana a neta escreveu uns pequenos versos numa folha A4, com o título Uma abelinha e disse-me que podia publicá-los no meu blogue.

Ora, acontece que ando há vários meses a sugerir-lhe para ela escrever textos acerca de temas diversos [como a Páscoa, as férias de Verão, a nova escola (está agora no 5º ano), ou de outra coisa qualquer que goste] e colocá-los no blogue dela, isto é, no tralhas. E por isso, como não o tem feito, voltei a lembrar-lhe essa questão. Mas não quis. Insistiu que os versos eram para o meu blogue. Manias da... neta!

Mas, por eu entender que o lugar certo para aqueles versos é no dito tralhas, houve uma pequena 'traição' da minha parte e publiquei-os lá hoje à noite.

A quem aqui vier e quiser dar lá uma espreitadela e uma palavrinha para a promessa de 'poetisa', o link está aqui no texto.

À neta, do avô de 2ª, um grande beijinho.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O 1º aniversário do ‘tretas’

Foi há um ano que este blogue apareceu aqui pela primeira vez. Ainda é um bébé e apenas sabe gatinhar…. E, claro!, tem direito a apagar uma velinha. Vá lá, blogue, sopra aí!...


Deu-me muito gozo publicar cada um dos ‘posts’ que fazem parte deste blogue. Bem ou mal, textos e fotos foram aparecendo aqui ao sabor do meu gosto e da minha disposição. Desde algumas coisas de família até aos encontros com amigos, das minhas parvoeiras às tretas do ténis, desde certas lembranças de tempos passados até situações vividas durante este último ano.

Este espaço tem algo de cada um de vós, visitantes deste primeiro ano. Uns que vieram cá dar apenas uma espreitadela, outros que deixaram aqui os seus comentários. A todos vós agradeço pela disponibilidade do vosso tempo e, em particular a estes últimos, também pela vossa simpatia.

Termino este ‘post’ por aqui.


Fernando Oliveira

[português, 60+1 anos, tripeiro e… portista, carago!]

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Frase sábia

"Se queres prever o futuro, estuda o passado."


Confúcio

Pensador chinês (551 a.C. - 479 a.C.)

Greve e… senha de almoço

Lá vamos os dois, a neta de 9 anos e eu, a caminho da escola. Chegámos ainda faltavam cerca de vinte minutos para as dez da manhã.

A neta vai para as aulas do 5º ano, entre as dez e um quarto e a hora do almoço vai ter três disciplinas: Ciências da Natureza, Matemática e Estudo Acompanhado. Da parte de tarde, terá Educação Física e Educação Visual e Tecnológica. Eu vou à escola para esclarecer uma eventual consequência da greve da 6ª feira passada.

Isto porque a neta comprou no dia anterior àquele uma senha de almoço e como, por causa da greve não houve aulas e a escola esteve encerrada, disseram-lhe que a referida senha ficaria sem validade, além de que, depois, ao adquirir uma no próprio dia para a refeição de hoje, teria de pagar a multa estabelecida para estes casos. Para os cá de casa pareceu-nos que, das duas uma, ou a netita não teria entendido bem o que lhe disseram ou então estaríamos perante uma atitue incorrecta, absurda mesmo, dos responsáveis da escola. Por isso, fui incumbido [por mim próprio, claro!…] de averiguar o que realmente teria sido determinado para a situação em causa.

Mal entrámos no espaço da escola, e após ter dito ao responsável da portaria ao que ia, logo ele apontou para um aviso colado na janela. E pronto, estava ali esclarecida uma parte da questão: as senhas compradas no dia 30/11 poderiam ser utilizadas num dia desta semana, sendo necessário apenas dar uma indicação prévia à responsável da cozinha.

Faltava averiguar o tal problema da multa, devida por aquisição de senha no próprio dia da refeição, e acerca da qual o referido aviso nada adiantava.

Dirigimo-nos para isso ao local de venda das senhas. Colocámo-nos no fim da fila, onde já estavam cerca de uma dúzia de miúdas e miúdos da idade da neta. Os minutos foram passando e o atendimento avançava devagar. A funcionária, creio eu, teria de estar atenta aos pedidos dos alunos, aos registos dos mapas das refeições por dias e ao recebimento dos euros, e com isso os minutos não paravam…

E mais minutos continuavam a passar… Até que, depois de ter-se ouvido um toque [para o fim das aulas das nove horas, deduzi eu e confirmou a neta], houve uma ‘invasão’ daquele espaço. Foram cerca de três dezenas de alunos que chegaram, alguns com idade idêntica à da neta, outros com mais corpo e mais ‘velhos’. E se os primeiros entraram na fila de forma correcta, a maioria dos restantes posicionaram-se à frente, afastando assim da possibilidade de serem atendidos na vez a que tinham direito aqueles alunos que já lá estavam à espera há vários minutos.

A atitude dos alunos mais ‘velhos’, levou-me a argumentar que deveria haver uma fila ordenada e a funcionária, agarrada aos seus registos e à máquina registadora
- Pois devia haver, devia…
e ainda recomendei a alguns dos mais ‘velhos’ para se posicionarem no fim da fila, mas cada um deles a pensar para dentro
- Tá queto, ó cota, tás a falar comigo?...
mas não arredaram pé do sítio e continuaram a pressionar os mais pequenos cada vez mais para trás, a neta que na altura da invasão estava na sétima posição passou de repente a ter mais de quinze alunos à sua frente, e os minutos sempre a andar, a fila a despachar devagar, a hora de entrada para as aulas das dez e um quarto a aproximar-se, o rosto da neta a ficar aflito, e este avô de 2ª a caminhar para perto do guichet, a meter-se no meio dos mais ‘velhos’, e a chamar pela netita
- Anda cá que vais ser já atendida.
e logo pouco depois estava a funcionária a cobrar à neta o custo normal de cada senha, sem multa.

Mas não cheguei a determinar se a neta percebeu bem o que lhe teriam dito a respeito da validade das senhas. O que sei é que houve bom senso por parte dos responsáveis da escola na solução encontrada. E, afinal, outra coisa não seria de esperar, tendo em conta o que estava em jogo.


Nota [do avô de 2ª]:
A vós, miúdos mais pequenos a quem a minha neta ‘ultrapassou’ na fila, quero dizer-vos isto: a culpa foi minha! Perdoais-me?

domingo, 2 de dezembro de 2007

Chegou o Pai Natal!



Chegou ontem, a meio da tarde, ao Dolce Vita do Porto. Chegou vindo dos céus, instalado num balão de ar quente.

Balão de ar quente, estais a ver?... Quem imaginaria isto há alguns anos, no tempo em que o Pai Natal chegava de trenó puxado por renas! A tradição já não é o que era…

O neto de três anos [que tinha ido lá apenas para ver o repuxo de água subir, subir… subir quase até ao tecto, e depois brincar no escorrega do parque] também foi uma das testemunhas da chegada do Pai Natal. E logo o neto, do alto do seu metro e pouco, ao vê-lo de longe, disse:

- Não pa'ece o Pai Natal, é muito pequenino!


sábado, 1 de dezembro de 2007

Curta-viagem de... pensamentos


Ena! já passa das oito meia e ainda falta tomar o pequeno almoço, carago! assim nunca mais chego à fábrica às nove, isto é uma chuchadeira crónica, até parece praga que me rogaram para não me levantar mais cedo, agora tenho de apressar-me, nem me sento à mesa, em vez das bolachas de weetabix com açúcar e mel vou tomar apenas um copo de leite meio gordo, okay agora passo a escova pelos dentes, falta pegar a carteira dos documentos e as chaves do carro de cima da mesinha de cabeceira, ainda tenho de ir ao escritório buscar a pasta, espera aí... já me despedi? nem sei bem, todas as manhãs a ‘chapa’ é sempre igual, um beijinho, até logo, telefona-me depois, ciao! ciao!... não devo bater a porta com força, além de indício de pouca educação acordaria o pessoal do prédio, se calhar para alguns até não seria má ideia, agora escadas abaixo, cuidado! os degraus estão molhados, se ponho mal o pé lá vou eu, a padeira do primeiro direito deixou o saco do pão mais uma vez no chão, mais uns degraus, ah! lá está o jornal do rés-do-chão direito em cima do tapete da entrada, já é costume, deixa lá ver se rasgo o jornal ao abrir a porta da rua...não, ainda não foi desta, qualquer dia perco a paciência e dou-lhe uma naifada, olá! porreiro, está um rico dia de sol, este jardim da frente precisa de ser tratado, paga-se um dinheirão todos os meses para o condomínio e isto está uma merda, a única coisa que funciona ainda é a limpeza das escadas, aos sábados a Luciana vem aí e limpa tudo de alto a baixo, veio há alguns anos de Angola e é deveras simpática, quando me vê pergunta-me sempre a dona Manuela está bem?... oh! carago! lá estou eu outra vez a divagar, tenho de mexer-me mais depressa...

Está uma fila de carros que nunca mais me safo, ainda nem sequer cheguei em frente ao Conde Ferreira, ah! aquele autocarro já arrancou, pode ser que o trânsito siga mais rápido, chatice! agora o sinal passou para vermelho, que faço?... aguento, que remédio!, olá! ali atrás está uma garota jeitosa, parece simpática, tem um golf vermelho com capota preta, que raio está a fazer? tem a cara apontada para o retrovisor interior, ah! já percebi, está a passar a escova do rimel pelas pestanas, com aquele vagar todo se calhar só vai ter tempo para o olho direito, raio de sinal que nunca mais muda, uh! uh! aquele tipo ali à esquerda no bmw 518tdi preto está a meter o dedo no nariz, então ó cavalheiro tenha maneiras, a limpeza dos salões é na hora do duche, às tantas o gajo nem sabe o que é isto de ter maneiras, de ter modos, ah! pois é, há gente que tem muita cagança com o carro, estás a topar? tem ar condicionado automático, tem direcção assistida e jantes de liga leve, etc, mas lá em casa se calhar anda tudo numa chafurdice... ena, finanlmente aí está o verde, eh! pá, já estão a buzinar, quem foi? às tantas foi aquela fulana do rimel, a filha da mãe levantou-se tarde e mal encarada, nem teve tempo para lavar as fuças e agora está cheia de pressa...

Quem vai para sul está tramado, aquele lado da auto-estrada no sentido da ponte da Arrábida é uma chatice, quase todos os dias vejo os carros no pára e arranca que até faz dó, mas deste lado é canja, de manhã passo nas calmas, dentro em pouco estou no túnel... ei! que é isso? esse cabrão do clio verde está a apertar-me, quer entrar nesta faixa, o gajo apareceu do lado esquerdo, de repente, sem dar sinal, guinou para o lado direito, passou por cima do traço contínuo e meteu-se à minha frente, merda! nestas alturas é que deveria aparecer um polícia de trânsito, aquele gajo de certeza que não leu o código de estrada quanto mais estudá-lo, cá para mim o tipo comprou o carro equipado de série e pensa que o pisca-pisca faz parte dos extras... ufa! deixa-me respirar fundo, foi por pouco...

A portagem já está lá ao fundo, o melhor é mudar para a esquerda, a via verde da brisa é que está na berra, passa-se a sessenta sem parar, ainda estou a pensar naquela tipa do golf vermelho, certamente foi ela que me buzinou, o estupor da gaja estava cheia de pressa, por falar nisso, sabes que há uma nova divisão do tempo? até agora o tempo dividia-se em dias, horas, minutos, segundos, micro-segundos e nano-segundos, não é? pois agora também há o pilo-segundo, então não sabes o que é? eu digo-te, é a cagasésima parte de tempo que medeia entre a mudança do semáforo de vermelho para verde e o toque de buzina do filho da puta que está atrás de nós... E com estas e com outras já estou a passar junto da saída de Baltar, como foi que cheguei até aqui? não sei, teria sido com o piloto automático? não me lembro bem, sei que já vou a cento e quarenta naquela descida que aparece logo a seguir à curva para a direita, não posso forçar mais pelo clio senão a carroçaria treme toda, não sei bem onde vou sair, talvez seja melhor a saída de Penafiel, assim evito o trânsito do centro de Paredes...agora saio da portagem, meto pelo novo desvio para Lousada e é um tiro até à entrada da recta de Sequeiros, depois é que é uma gaita, apanho o quase certo râme-râme atrás de camiões até ao centro da vila e... até que enfim! cheguei, lá está o espaço reservado para estacionar o clio... pronto! chegou ao seu termo esta curta-viagem de cinquenta quilómetros do Porto até Lousada.

Curta-viagem é o que está na berra, liga-se o piloto automático, põe-se a caixa dos miolos a desbobinar uns metros de pensamentos, as cenas vão passando... passando... até que, assim como quem não quer a coisa, chega o… Fim!

Nota: Texto escrito em Novembro/1999

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Jantar convívio -> 14 de Dezembro


vamos fazer um jantar
com os "nortenhos" amigos
quem quiser comprometer-se
deixe a prova
aqui

não acham gira a ideia?
não será um bom convívio?
pois catorze de dezembro
foi já o dia escolhido
...

Este é um excerto do convite feito em versos no blogue pin gente para um jantar convívio de bloguistas do Norte [e não só...] em Leça da Palmeira.

Acho uma ideia óptima pelas várias perspectivas que este tipo de encontros pode proporcionar. Pelo travar conhecimento com pessoas que 'conhecemos' apenas da internet e que, creio, 'idealizamos' na maioria pelo que escrevem. Pelo convívio com outros fazedores de blogues, cada um com ideais e vivências à sua maneira. E também pelos 'comes' e pelos 'bebes', claro!

No entanto, e com grande pena, não vou ter possibilidade de estar presente naquele convívio, dado que no dia 14/12 estarei longe do Porto.

Quem estiver interessado e quiser conhecer os respectivos pormenores, é só clicar naquele 'link'. Então... vamos lá, apressai-vos, ok?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O calcanhar de Aquiles…


Acabei hoje de ler um livro de uma escritora americana, tem o título sugestivo de Presságio de Fogo e conta a história reimaginada da Guerra de Tróia, é um livro que me interessou muito, tem quinhentas e tal páginas mas li-o no espaço de uma semana, fez-me lembrar leituras antigas do poema épico Ilíada escrito por Homero, teria eu na altura não sei bem se doze ou treze anos, a heroína daquele romance é Cassandra, a princesa real de Tróia que tinha visões e fazia presságios, e a história é-nos contada a partir do seu ponto de vista, a autora do livro articula os dados históricos com a lenda, os mitos dos deuses com os feitos dos heróis, os factos e a ficção, e assim apresenta-nos uma nova imagem do conto antigo e dos seus intérpretes, fala-nos de Páris, irmão gémeo de Cassandra, ambos filhos de Príamo, rei de Tróia, fala-nos também de Helena, a bela princesa grega casada com Menelau, raptada por Páris e levada para o palácio de Príamo, passou então a ser conhecida por Helena de Tróia, foi o seu rapto que determinou a expedição dos gregos contra Tróia, comandados pelo seu chefe Agaménon, irmão de Menelau, fala-nos ainda de Heitor, de Eneias, de Aquiles e do seu amigo Pátroclo, de outras filhas e de outros filhos de Príamo, de sacerdotisas do deus Apolo, uma das quais era a própria Cassandra, de guerreiras amazonas chefiadas por Pentesileia, tia da heroína e irmã de sua mãe Hécuba, etc., etc. De todas foi a história de Aquiles que me fez pegar no dicionário à procura de dados e fazer comparações, no livro este herói, chefe dos exércitos do seu pai de nome Peleu, rei dos Mirmidões, aparece-nos como um guerreiro louco, sanguinário, desumano e invulnerável, foi ele que, para vingar a morte de Pátroclo, derrotou Heitor, filho primogénito de Príamo, apenas foi vencido por Cassandra, do alto do terraço do templo de Apolo, sobranceiro ao campo de batalha, a princesa com o seu arco disparou uma flecha e a seta envenenada foi atingir o calcanhar de Aquiles, causando-lhe a morte em poucos minutos, mas depois pelo dicionário retirei a seguinte informação, quando nasceu Aquiles sua mãe mergulhou-o na águas do rio Estige, tornando-o invulnerável, excepto no calcanhar por onde sua mãe o tinha segurado, muitos anos mais tarde foi mortalmente ferido no calcanhar por uma flecha envenenada que Páris lhe arremessou, como se vê as histórias da morte de Aquiles são diferentes em alguns pormenores, apenas coincidem no seu ponto vulnerável, isto é, no calcanhar de Aquiles. E, através dos tempos, esta expressão ficou...

Notas:
1. Texto escrito em Setembro/1997.
2. Dado que na altura em que escrevi este texto, não referi, por lapso, o nome da autora do livro “Presságio de Fogo”, e como, passados estes dez anos, já não sei qual o seu paradeiro, fiz pesquisa na internet pelo título. Fui, então, encontrar o blogue “Há sempre um livro… à nossa espera”,onde a bloguista expressa a sua opinião sobre todos os livros que já leu. E fui lá encontrar um ‘post’ de Fevereiro/2005 acerca daquele livro, que foi, agora já o posso mencionar, escrito por Marion Zimmer Bradley.
Aproveito esta ocasião para expressar aqui o meu agradecimento à Cláudia Sousa Dias, a autora do blogue, pela possibilidade que tive referir o nome da autora americana nesta nota ao meu ‘post’. E também para registar o meu contentamento pela descoberta do seu blogue, onde, pelos ‘posts’ que entretanto já li, posso obter as ‘imagens’ de vários livros. E, por isto, o blogue já entrou no grupo dos meus favoritos. E, ainda por tudo isto, recomendo a quem aqui vier que faça uma visita ao “Há sempre um livro… à nossa espera”.

domingo, 25 de novembro de 2007

Mãe, parabéns!


Para quem, há muitos anos, afirmava que não chegaria a ver os dois filhos casarem…

Para quem, anos mais tarde, comentava que não chegaria a conhecer os netos…

Para quem, depois, achava que não viveria o suficiente para ver os netos juntarem os ‘trapinhos’…

E hoje, além de ter conseguido alcançar todos aqueles seus desejos, a mãe faz 90 anos. Bonita idade!




Parabéns!...

sábado, 24 de novembro de 2007

Quem te manda a ti…

Assim como quem não quer a coisa, cá estou eu outra vez... Mas quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão? esta expressão, todos nós já ouvimos pelo menos uma vez, mas, apesar disso, continuamos a fazer coisas para as quais não estamos qualificados devidamente, isto vem a propósito das páginas anteriores escritas há quase um ano atrás e que estive a reler a madrugada passada para passar tempo durante uma insónia que durou toda a infinda noite, ainda agora estou por saber o porquê da falta de sono, ao jantar, se assim se pode chamar, comi e bebi como o faço há já vários anos, ou seja pão com manteiga e doce de marmelo e dois ou três copos de leite, por isso não foi esta refeição ligeira a causadora de estar desperto quando o normal seria estar a dormir, o que teria sido? não sei... mas, como ia a dizer, se não toco rabecão por não ser tocador, se não faço sapatos por não ser sapateiro, então porque escrevo não sendo escritor?... Valham-me os deuses das pessoas de paciência, será necessária muita persuasão deles para que estas porventura cheguem a passar os olhos pelas minhas linhas, às tantas talvez estas linhas até nem mereçam as atenções de pacientes quanto mais de cuidados dos seus deuses, bem vistas as coisas até estou a ser mais teimoso que o sapateiro da expressão popular, continuo aqui nesta teimosia de escrever não sei o quê e para quê... e ponto final.

Nota: Texto escrito em Setembro/1997

As conversas são como as cerejas…

Hoje ao almoço, já não sei a respeito de quê, falou-se da atitude do Scolari com os jornalistas após o jogo da selecção com a Finlândia, na quarta-feira.

Desta questão passou-se para o possível regresso de Figo à selecção e o que sobre isso disseram Paulo Sousa e Abel Xavier num programa da RTPN.

Associado a este último jogador, devido à sua imagem exótica, veio à baila o termo “showman”. E daqui partiu-se para outro “showman” do desporto, o Dennis Rodman, ex-jogador de basquetebol de NBA.

E, por fim, veio à baila o “dream team”, que se reporta à selecção de basquetebol dos EUA, campeã olímpica no ano de 1992 em Barcelona. E foi, então, a altura de se mencionar os nomes de alguns jogadores de eleição que faziam parte daquela equipa: Michael Jordan, Magic Johson, Larry Bird, Karl Malone, Scottie Pipen, etc.

Ou seja, a conversa começou com um tema ligado ao futebol e terminou com questões do basquetebol. Tudo relacionado com o desporto…

E mais uma vez se constatou que as conversas são como as cerejas: pega-se por uma e logo atrás vem uma catrefada delas…


Nota: Foto obtida na página do "Sapo.pt".

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mudanças do tempo…

Hoje de manhã, perto das dez horas, ao abrir a janela do quarto, estava um dia luminoso, de sol outonal. Em comparação com o dia de ontem, cinzento, frio e chuvoso, que boa mudança do tempo! Uauuu, óptimo! – pensei na altura.



Por volta do meio-dia, através da internet, consultei as previsões do tempo para esta tarde na cidade do Porto. E o site da AccuWeather informava que às 14:00 haveria chuva e às 16:00 voltaria o sol, embora um pouco encoberto, e que, duas ou três horas mais tarde, o estado do tempo iria piorar, prevendo-se mais chuva para a noite.

E sabeis uma coisa? A previsão apenas errou por defeito. A partir das 15:00, o sol desapareceu e o céu começou a escurecer cada vez mais. Passada meia hora caiu uma chuvada forte, tão forte que o barulho da chuva ouvia-se bem dentro de casa, apesar do vidro dupo das janelas. E foi assim durante três quartos de hora.


Depois, a chuva passou de forte a fraca, como de zangada a amuada. E de repente o amuo acabou e parou de chover. Mas a negrura do céu manteve-se mais alguns minutos. Até que o tempo sorriu de novo, timidamente, mas deu para ver o céu outra vez azul, embora não luminoso como de manhã.

Agora, cerca das 18:00, na altura em que estou a terminar estas linhas, a noite já chegou e o céu aqui por cima apresenta-se negro como as trevas, apesar de mostrar-se claro no horizonte, para os lados do mar.

E como vai o tempo portar-se durante a noite. Com chuva?... A ver vamos!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A ‘plantar arroz’… em Troia!

Nove e meia de uma manhã de Julho de 2007. Saímos de Santo André em direcção a Troia: o ‘SW307’, o ‘dêdê’ e o ‘intruso’. Pelo caminho, e conforme o combinado no dia anterior, apanhámos o ‘belgo’ na zona da Galé.

Chegámos ao clube de golfe de Troia, às dez para as onze [no Grande Porto, dir-se-ia onze menos dez]. Depois de estacionada a viatura, dois sacos de tacos de golfe são descarregados da bagageira e colocados nos respectivos carrinhos, pelos seus proprietários. Num dos casos nota-se um à vontade de operação repetida imensas vezes, no outro há ainda um certo embaraço de iniciado. Quatro ‘golfistas’ [convem não confundir com jogadores de golfe…] e apenas dois sacos?... Sim, um dos sacos, com indícios de já ter sido utilizado muitas vezes, é do golfista ‘pro’ [o ‘dêdê] e o outro, que se nota ter saído há pouco tempo da loja de desporto, é do golfista ‘quase pro’ [o ‘SW307’]. E não há mais sacos de golfe porque o ‘belgo’ e o ‘intruso’ são ‘pré-amadores’, ou seja, ainda não têm ‘estatuto’ para isso…

Depois de paga a inscrição na recepção do clube, dirigimo-nos para o local onde se podem ensaiar as ‘saídas’. Cada um munido de um cesto com 40 bolas de golfe. Antes das tacadas, é ocasião para o ‘dêdê’ dar umas dicas aos novatos, o ‘belgo’ e o ‘intruso’, acerca da técnica de agarrar o taco de golfe e de desenvolver o movimento do ‘swing’. E depois, alinhados lateralmente ao longo da linha marcada no chão, uns com tacos prórios e outros com tacos emprestados, lá começámos a ‘maltratar’ as bolas, suspensas nos ’tee’. E às tantas…

E às tantas, o ‘intruso’, concentrado na forma correcta de empunhar o taco, movimentou-se num ‘swing’ quase perfeito e… tchuuumm! A bola quase não saiu do sítio e o taco foi arrancar um ‘bocadão’ de terra que voou feita nuvem negra… E lá ficou no terreno mais um talhão apropriado para se ‘plantar arroz´… em Troia!

Passadas duas horas e tal de golfe ‘intenso’, em que ainda houve tempo para ensaiarmos uns ‘buracos’ no ‘green’, demos por terminada a nossa jornada ‘golfista’, até porque já havia algum cansaço e…

E… também porque nos esperava um almoço na Galé. É que estas coisas do desporto são boas para o físico, mas dão cá uma fome!…




Notas:
- O ‘intruso’ assinalado neste texto refere-se ao autor deste blogue [para bem e para o mal…].
- Foto obtida no 'site' da Wikipédia.

Até quando?...


Não sei bem porque estou a contar-te estas histórias, talvez nunca tenhas hipóteses de as ler, a atitude de passar ao papel, ou melhor, para já ao computador, estas e outras histórias ou outros desabafos talvez seja um pouco estúpida ou despropositada, talvez esteja convencido que tenho algum jeito para escrever um género de escrita tipo Saramago, o Saramago que me desculpe, às tantas a razão de estar aqui agarrado ao teclado, a tentar escrever alguma coisa, talvez tenha a ver com uma tentativa de escape ou de me fazer esquecer o motivo por que estou agora aqui, de facto, se as coisas tivessem acontecido como estava planeado há mais um mês, tinha partido para Santo André para passar lá uns dias de férias após o Natal, mas o previsto foi furado nem sei muito bem porquê, ou se calhar até sei mas não quero dizer, é muito chato quando as situações passam ao meu lado e não posso ou não tenho forças para as modificar, mas não há dúvida que sofro pelo menos alguns dos efeitos, trata-se de uma vivência de coisas que se vão tornando hábitos, rotinas do quase dia-a-dia, por isso já desisti de reagir, de esbracejar, de virar tudo do avesso, de tentar encontrar o rumo certo das coisas, e aí! assim como quem não quer a coisa... vou ficando, vou ficando... Até quando?...


Nota: Texto escrito em Dezembro/1996

domingo, 18 de novembro de 2007

Paula, parabéns!

São quase cinco horas da tarde. Estou a ver, através da Eurosport, a parte final da maratona de Nova Iorque, do grupo feminino.

A prova foi comandada desde o início pela inglesa Paula Radcliffe, seguida pela etíope Gete Wami. Mas as três milhas finais (cerca de 5 kms) foram extraordinárias de emoção. A certa altura, a britânica consegue ganhar alguma distância à adversária. E esta, de seguida, volta a ‘colar-se’ à líder da corrida. E à entrada da última milha (cerca de 1,6 km) a africana ataca e passa para a frente da corrida. É nesse momento que Radcliffe reúne as forças e arranca com determinação, deixando Wami para trás. E de forma definitiva.

E para a memória fica o resultado: Paula Radcliffe ganhou a Maratona de Nova Iorque 2007 com 2h23:09, aos 34 anos e após ter sido mãe pela primeira vez há menos de um ano.

Gostei… e vibrei com a parte final da corrida.

E, depois da vitória, foi ‘giro’ ver a britânica a agradecer os aplausos da assistência com a bandeira da Union Jack numa mão e a filha de menos de um ano no outro braço.




Notas:
- Texto escrito em 04/11/2007 (domingo).
- Foto do site da "ING New Iork City Marathon"

sábado, 3 de novembro de 2007

E lá foram dois pontos…

É evidente que o futebol não são apenas vitórias. É ainda evidente que as outras equipas também querem ganhar pontos. E, por isso, mais cedo ou mais tarde, teria de acontecer o que se passou ontem à noite no Estádio do Dragão: o ‘meu’ FCP desperdiçou dois pontos.

Mas não há drama. Ainda continuamos a olhar para trás. E é também nestas alturas que os portistas devem dar o seu apoio à equipa.

Bibó o Porto, carago!


quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dia Mundial da Poupança

31 de Outubro.

Hoje não gastei um tostão [ou melhor, um euro]. Para poupar?... Não, apenas porque não necessitei de comprar fosse o que fosse.

E tu, poupaste?

Sorte ao jogo?


Jogo no Euromilhões, quase todas as semanas. No início, preenchia o boletim de apostas ao balcão de um quiosque de um café perto de casa. Mas agora, e desde há cerca de três anos para cá, faço-o pela internet. É mais cómodo. Jogo normalmente uma aposta, por vezes duas. E gasto dois euros por semana, de vez em quando um pouco mais. Mas… os prémios, onde estão? Sim, os prémios que valem a pena, os de milhões, onde estão?... Também nesta situação de jogos de apostas há os ‘fihos’ e há os ‘enteados’. Aqueles, os ‘sortudos’, que são poucos, arrebanham os prémios ‘gordos’; aos outros, os ‘tansos’, que se contam por milhões [eu incluído], calham os prémios ‘mixurucas’ ou nem isso.

É tudo uma questão de sorte ao jogo, de ter ou não ter, não é?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A moral tem histórias?


Se há histórias que têm moral, a moral também tem histórias e, se não acreditas, então vou contar-te outra história, um sujeito de idade já um pouco avançada, sentindo o aproximar do fim dos seus dias, chamou os três filhos, já todos adultos, e disse-lhes com a voz trémula de emoção, meus filhos dei-vos tudo quanto pude para viverdes bem e felizes, agora que estou quase a partir deste mundo..., nesta altura é interrompido pelo filho mais velho que lhe diz, ó pai você ainda vai durar muitos anos junto de todos nós, continua então o pai, eu sei o que digo mas, como não sei o que vou encontrar para lá deste mundo, quero pedir-vos para na altura da minha morte colocardes no caixão duzentos contos cada um, falou então o filho mais novo, ó pai não se preocupe, você vai viver ainda muitos e muitos anos, mas quando morrer nós cumpriremos o seu desejo, passados dois meses morreu o velho desta história, na altura da vigília o filho mais velho lembrou aos irmãos a vontade expressa pelo pai e puxando da carteira contou duzentos contos em notas e colocou-as dentro do caixão, o irmão do meio também tirou notas da carteira, contou até duzentos contos e pô-las também no caixão, o filho mais novo hesitou alguns instantes, depois pegou na carteira, passou um cheque de seiscentos contos, colocou-o no caixão e retirou os quatrocentos contos em notas, guardando-as no bolso, os outros irmãos reagiram ao mesmo tempo, o que é que fizeste? resposta do mais novo, o pai para onde vai pode descontar o cheque, não pode?... Então agora pergunto-te eu, a moral tem ou não tem as suas histórias?


Nota: Texto escrito em Dezembro/1996

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Estou cá c’uma pedrada!...


Pedras e pedradas, conta-se à boca cheia a história verídica, ou não, daquele fulano que ia pela rua fora, noite feita, às tantas vê um tipo com uma pedra na mão, a bater na própria cabeça... toc... toc..., então perguntou-lhe, ó pá que estás a fazer? o outro respondeu-lhe com um sotaque de quem é tripeiro, nascido e criado na Ribeira, ó meu num me digas nada, estou cá c’uma pedrada!... o nosso fulano lá foi rua abaixo e passados alguns metros topou um outro gajo com uma pedra em cada mão e também a bater na cabeça... toc, toc...toc, toc..., um pouco a medo o nosso personagem fez a pergunta, ó pá o que é isso? resposta do outro, ainda mais tripeiro do que o primeiro, ó meu num bês que tou c’uma oberdose? o nosso herói continuou rua fora e, mais adiante, viu um sujeito sentado no vão de um portal e um monte de pedras ao lado, um bocado receoso o nosso homem interrogou, ó pá o que estás aí a fazer? o outro olhou para o lado de cima da rua, olhou para baixo e depois disse em surdina, ó meu entom num tás a ber que tou a traficar...


Nota: Texto escrito em Dezembro/1996

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Quarto crescente…


Uma fatia de queijo, cortada à faca de um quarto de flamengo, com a forma de um ‘dê’ meio inclinado. Um pano denso de algodão, tinturado de preto, a servir de fundo. E uns cristais de sal marinho, cheios de brancura, espalhados à toa. São estes os elementos, dispostos num puzzle harmonioso, que ‘observo’ através da janela da cozinha.

São dez e meia da noite. E a Lua mostra-se à Terra numa das suas fases de quarto crescente…

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cá estou de novo...

Após três meses e meio sem actividade no blogue, cá estou de novo..., mas mais velho! Claro, mais velho três meses e meio.

Este interregno não foi planeado para durar tantas semanas, mas, quase sem dar por isso, foi-se alargando no tempo. Primeiro, foram as férias durante os meses de Julho e Agosto, gozadas na costa alentejana. Depois, em Setembro, precisei de dar assistência diária à minha mãe, que está incapacitada devido a doença e aos seus quase 90 anos. E a seguir, nestes quinze dias que já leva este mês, deu-me a preguiça...

Entretanto, aproveitei todo este tempo para reflectir acerca do meu modo de 'fazer' o blogue. Ultimamente, na primeira metade deste ano, sentia-me quase 'obrigado' a publicar textos todas as semanas, era uma espécie de 'competição' comigo próprio. E, com esta reflexão, cheguei à conclusão que a minha atitude não tinha sentido, dado que já não estava a ter o prazer inteiro de 'blogar' como na altura em que me meti nestas coisas da blogosfera. Por isso, a partir de agora, os meus 'posts' serão publicados quando sentir 'gozo' nisso.

Até breve.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Sacanas…?


Há manhãs que são mais difíceis do que outras, umas vezes levanto-me às sete, outras vezes uma ou duas horas mais tarde, depende do dia da semana em que me levanto ou da hora a que me deito na noite anterior, umas manhãs acordo com uma grande pedrada de má disposição, até parece que sou adepto do Sporting ou do Benfica, outras vezes saio da cama bem disposto e cantaroleiro, com genica para aguentar o dia-a-dia ou para enfrentar os sacanas que a vida nos apresenta, sim é verdade, ah! não acreditas, não é? eu sei que quando somos mais jovens temos a tendência para azular de claro as atitudes dos outros, somos mais ingénuos e de boa fé, mas os anos vão passando, com o tempo o azul vai escurecendo, os outros já não nos parecem tão boas pessoas e a nossa ingenuidade foi-se embora com o vento da vida, e é então aí que as imagens dos sacanas nos aparecem, feias e imprecisas como retratos tirados à la minuta, verdadeiras como as rugas que nos foram aparecendo com os entas, mas é preciso estar atento porque muitas vezes as imagens dos ditos estão fora da nossa visão normal, são como uma película impregnada, a imagem está lá mas apenas se vê depois da revelação e, em muitos casos, a revelação de um sacana apanha-nos desprevenido, não estamos a contar com uma coisa daquelas, então estás a ver aquele tipo, tão simpático, tão prestável, afinal é um grande filho da puta, o gajo anda a fazer-nos a cama nas nossas costas, então não é que anda para aí a dizer que a culpa foi nossa, que o buraco do ozono foi provocado pelos nossos gases, isto não são coisas que se digam de nós, não é? são estas surpresas estúpidas que nos dão cabo da vida, quando um tipo se levanta de manhã, bem disposto ou nem por isso, rapa a barba do dia anterior, toma um duche quente ou com a água assim-assim, engole apressado o leite do pequeno almoço, não sabe, não pode adivinhar que daqui a pouco vai estar perante um fulano que até parece porreiro e que afinal é mais um bom sacana, isto se é que há sacanas bons e sacanas maus, cá para mim são todos uns sacanas, amarradinhos com uma corda bem grossa a uma pedra enorme, largados do alto nem sei bem de onde, deveriam ficar cá com uma pedrada... E era muito bem feito!...

Nota: Texto escrito em Dezembro.1996

terça-feira, 26 de junho de 2007

Darfur vs aquecimento global


Hoje de manhã, li um artigo de opinião* de Ban Ki-Moon, actual secretário-geral das Nações Unidas, com o título “As lições do Darfur”.

E o que mais despertou o meu interesse foi a relação que é estabelecida entre o conflito do Darfur, que já causou mais de 200 mil mortos ao longo de quatro anos, e as alterações climáticas a nível mundial. De facto, a certo passo do artigo lê-se:

“Falamos invariavelmente do Darfur utilizando uma cómoda linguagem política e militar e descrevendo-o como um conflito étnico que opõe milícias árabes a rebeldes e agricultores negros. Mas, se nos debruçarmos sobre as raízes do conflito, aperceber-nos-emos de uma dinâmica mais complexa. Ele teve início como uma crise ecológica, provocada, em parte, por uma alteração climática.
Há duas décadas, as chuvas começaram a tornar-se raras no Sul do Sudão. Segundo as estatísticas da ONU, a precipitação média sofreu uma redução de cerca de 40%, desde o início dos anos 80. Os cientistas começaram por pensar que se tratava de um infeliz capricho da natureza. Mas os trabalhos de investigação posteriores mostraram que esse fenómeno coincidira com uma subida da temperatura das águas do oceano Índico que perturba a estação das monções. Isto leva a pensar que a seca na África Subsariana se deve, pelo menos em parte, ao aquecimento do planeta provocado pelo homem. Não foi por acaso que a violência deflagrou em plena seca. Até lá, os pastores nómadas árabes tinham convivido pacificamente com os agricultores sedentários. Mas, quando deixou de chover, os agricultores ergueram barreiras à volta das suas terras, com receio de que elas fossem destruídas quando da passagem dos rebanhos. Pela primeira vez, não houve água nem alimentos suficientes para todos. E eclodiram os combates que, em 2003, se transformaram na verdadeira tragédia que hoje são. Mas é importante lembrar como tudo começou, pois é uma chave para o futuro.”…

E isto faz-me pensar no que poderá acontecer, dentro de dois ou três séculos, quando a água começar a escassear a nível mundial, no caso de continuar o aquecimento da Terra. Mas essa situação já não será para os nossos dias…

E isto também me faz pensar nas ‘razões’ da actual guerra do Iraque e no que poderá suceder daqui a 20 ou 30 anos quando as reservas mundiais de petróleo estiverem mesmo no ‘casco’. Mas esse cenário até poderá ocorrer nos nossos dias ou dos nossos filhos… É já amanhã!

* Visão nº 746, de 21/06/2007

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Cartoons no Porto


Esta tarde, em passeio de compras e de lazer pelo Dolce Vita de cá, fui surpreendido por uma exposição de cartoons do belga Ludo Goderis, que ganhou o prémio do público da edição do PortoCartoon 2006. Esta mostra, que tem o patrocínio do Museu Nacional da Imprensa, no Porto, abrange cerca de 100 trabalhos daquele artista, e estará patente naquele centro comercial até ao fim de Julho.

Entretanto, tive conhecimento que, desde o passado dia 22, estão em exposição naquele Museu, até ao final de Setembro, os cerca de 400 trabalhos seleccionados para o festival de desenho humorístico PortoCartoon 2007, dedicado ao tema “Globalização”. Para mais informações, clicar
aqui .

domingo, 24 de junho de 2007

Tretas de ténis [8]


Mais um ‘post’ dedicado ao ténis. Hoje vou continuar a transcrever a regra nº 1, acerca do campo de ténis. Também vou referir-me aos encontros que vi na televisão do torneio WTA Eastbourne e, finalmente, aos meus resultados da semana.

Regras do ténis

Aqui serão transcritas as regras de ténis obtidas através do site da Federação Portuguesa da Ténis, numa versão revista em Nov.2006 por Paulo Cardoso, Juíz-Árbitro da FPT nível 3. Hoje vou transcrever a parte restante da regra nº 1, que foi iniciada na semana passada.

1. O campo (cont.)
As linhas que delimitam o campo nos fundos e nas laterais são chamadas respectivamente linhas de base e linhas laterais.
As linhas de serviço deverão estar em cada lado da rede e paralelas a esta, a uma distância de 6,40 m. Os espaços em cada lado da rede entre as linhas de serviço e as linhas laterais são divididas em duas partes iguais chamadas áreas de serviço pela linha central de serviço.
Cada linha de base deverá ser dividida a meio por uma marca central, com 10 cm de comprimento, desenhada no interior do court, paralela às linhas laterais.
● A linha central de serviço e a marca central de base deverão ter 5 cm.
● As outras linhas do campo deverão ter entre 2,5 cm e 5 cm de largura, excepto as linhas de base que poderão ir até 10 cm de largura.
Todas as medições deverão ser feitas da parte de fora da linha e todas as linhas deverão ter a mesma cor e contratando claramente com a cor do campo.
Não é permitido publicidade no campo, rede, fitas, faixas, postes ou sticks de singulares excepto o previsto no ANEXO III.

-> Torneio WTA Eastbourne – 18/06 a 23/06/2007

Trata-se de um torneio disputado em Inglaterra, em piso de relva, e que serve de preparação das tenistas para Wimbledon.

20/06 – 2ª ronda - Elena Dementieva (RUS) vs Katie O’Brien (ING) 6-3 6-4
20/06 – 1/4 - Justine Henin (BEL) vs Nicole Vaidisova (R. CH) 6-2 6-2
20/06 – 2ª ronda - Amélie Mauresmo (FRA) vs Mara Santangelo (ITA) 6-3 6-2
23/06 – Final - Justine Henin (BEL) vs Amélie Mauresmo (FRA) 7-5 6-7 7-6

-> Os resultados da semana

- Semana 25 – 18 a 24/06/2007
18/06 2ª Adv. ES vs Tretas 2-6 6-3 3-0 inc. Duração: 1h30
19/06 3ª Tretas vs Adv. RG 5-4 inc. Duração: 1h00
22/06 6ª Tretas vs Adv. ES 4-6 6-4 2-1 inc. Duração: 1h40

História de uma noite de S. João


Na altura, eu teria à volta de vinte anos. Foi, portanto, quase há… é isso, foi ‘ontem’. Apesar de nascido e criado até aos doze anos no Porto, ao tempo residia com os meus pais em Leça da Palmeira.

E isto passou-se durante uma noite de S. João. O meu grupo de amigos, mais ou menos da minha idade, juntou-se no Café Leça. E daí partimos, em dois ou três ‘bandos’, uns de autocarro e outros de eléctrico, para a baixa do Porto, a caminho das folias da noitada de S. João.

Por volta da uma e meia da noite, o grupo onde eu ia em rusga encontra-se com outro, de amigos nossos, na Rua Sá da Bandeira, em frente a Sampaio Bruno. E tudo à martelada e aos berros: e salta, e grita, é S. João. No meio daquela algazarra, com o meu quase metro e setenta, salto ao mesmo tempo com um amigo a rondar os quatro centímetros depois da fasquia dos dois metros. E, quando já estou com os pés no chão, o meu amigo ainda vem a descer e a aterrar com um dos cotovelos na minha cabeça. “Eh pá, f***-**!” “ Desculpa!” “Ok, não há problema, a malta está aqui é p’ra se divertir”. E salta, e grita, e corre, é S. João. E salta, e grita, e corre, e lá vamos em dois grupos, em rusgas serpenteadas, cada um para o seu lado.

Já passa das cinco da madrugada. Os corpos moídos pelo cansaço das correrias e das folias. E dá-se uma paragem de indecisão para escolher o sítio onde vamos comer umas sandes de presunto e beber umas cervejas. Sinto a cabeça humedecida e penso que é das ‘orvalhadas’ de S. João. Às tantas, ponho a mão à cabeça e reparo nos dedos molhados, tintos de… sangue. O que teria acontecido? A conclusão foi de dois segundos: o cotovelo daquele meu amigo tinha feito estragos…

Fui à urgência do Santo António. Não havia pessoas à espera e, por isso, fui atendido quase de imediato. Tinha um ‘lanho’ na cabeça. Raparam-me a zona. Levei uns pontos, já não me recordo quantos. E de lá saí com um ‘salapismo’* no alto da cabeça, mais ou menos no sítio onde antigamente os padres tinham a ‘coroa’**.

Se algumas histórias têm ‘moral’, a desta é a seguinte: nunca saltes com gajos muito mais altos do que tu, pois podes aleijar-te!...


Notas:
*- Na nossa linguagem de calão daqueles tempos, ‘salapismo’ era sinónimo de curativo.
**- Naquela altura não percebia, e até hoje ainda não entendi, a função da ‘coroa’ dos padres. Para que servia?

sábado, 23 de junho de 2007

Viva o S. João!


Ó tu que és galhofeiro
Ó tu que és folião
Sejas ou não tripeiro
Sê bem-vindo ao S. João



Foi assim que me saiu esta quadra [*]. Para me recordar de muitas noites de 23 para 24 de Junho, passadas a cirandar, em rusgas alegres, pelas ruas onde haviam festejos de S. João. Da Rotunda da Boavista aos Clérigos e daqui até às Fontaínhas. Com o alho-porro na mão ou, em tempos mais recentes, com o martelinho de plástico, para ‘afagar’ as cabeças dos outros foliões. Até ao dia aparecer e a noitada acabar na praia.

E a recordação é apenas de ontem…


[*]- Não tenho quaisquer dons de poeta e ressalvo qualquer plágio que esteja a cometer com esta quadra, pois que, a verificar-se, é involuntário. E não pago direitos de autor…

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Fim das aulas


Hoje, tendo em conta este ano lectivo, foi o último dia de aulas da Sara.

A neta mais velha, com nove anos, acabou o 4º ano, do 1º ciclo do ensino básico. E trouxe um ‘livro de finalista’. Onde, nas primeiras páginas, a professora apresenta o seu sentir acerca dos alunos. E, nas páginas seguintes, cada um dos alunos faz a sua apreciação sobre os primeiros quatro anos de escola e descreve, com a sua visão, os ‘amiguinhos’ da primeira caminhada académica. Tudo isto, enfim, como se fosse finalista de um curso universitário de qualquer faculdade…

Não sei se hoje em dia estão mais ou menos generalizadas estas coisas dos ‘livros de finalistas’ nas escolas do ensino básico. Mas acho interessante esta ideia de entregarem estes livros aos miúdos. Dá-lhes, penso, um certo orgulho pela transposição de uma etapa da vida escolar. E ficam com algo para recordar daqui a uns anos.

Oxalá também lhes traga a vontade de aprender, sempre.

Eu tenho dois amores…

Conversa ao fim da tarde com o Tiago, o neto que vai a caminho dos três anos, acerca do dia de hoje no infantário:

- O ‘G’afael fez doi-doi na testa a mim.
- E depois?
- A Ana ‘G’ita deu um beijinho na bochecha aqui a mim.
- A Ana Rita é a tua namorada?
- Não… tenho duas namo’adas.
- Ai tens, quem são?
- Luana e Mafalda.


Será caso para cantarolar “Eu tenho dois amores…”?...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Brrr!... que frio!


Em Roma sê romano, sempre ouvi dizer... está bem, vou fazer isso tal qual pensei agora mesmo, então estava eu a chegar à Finlândia, isto foi com certeza influência da leitura de hoje de manhã na casa de banho, enquanto esperava a descarga dos intestinos, peguei num magazine do Notícias e pronto, estava lá um artigo do género faça as malas, viaje agora e pague depois, a viagem proposta era para o país dos mil lagos, então estava eu a sair do aeroporto de Helsínquia e logo me arrependi... brrr!... que frio! estupidez a minha, não estou preparado para tanto frio, chego aqui apenas com um pulôver em cima da camisa, então não é para estranhar o arrepio de frio, dentro de casa não preciso de grandes agasalhos, quem me manda então viajar para os lados da Lapónia sem antes me vestir a preceito, isto deve ser da idade, ou melhor, da p.d.i. (quem quiser que interprete os pontos depois do pê, do dê e da outra letra)...

Nota: Texto escrito em Dezembro.1996

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Quadro de tarefas


Num dos últimos fins de semana em que esteve cá em casa, a neta mais velha, com nove anos, foi para o computador, como é seu hábito. Passados uns quinze minutos, apareceu com uma folha A4, impressa na parte superior, e afixou-a na porta do frigorífico com quatro ímans.

E, depois, convocou uma assembleia geral para nos mostrar isto:


Apontou para a folha A4 e disse-nos que o “s” da palavra “tarefas” saiu da impressora noutra folha e que, por isso, tinha acrescentado um “s” á mão na folha afixada. E disse-nos ainda que, a partir daquele dia, aquelas eram as nossas tarefas.

Fartámo-mos de rir com aquilo. A minha mulher ‘resmungou’ logo: “Então, sou só eu a tomar conta dos netos?”. E, depois, o que mais nos chamou a atenção foi a expressão usada numa das tarefas: ‘fazer o comer’. Ainda estamos para saber onde é que a miúda a foi buscar. Cá em casa não foi de certeza, nem em casa dos pais. Mas é uma expressão utilizada em algumas zonas aqui do Porto e em outros locais do Norte. Terá sido com os outros miúdos da escola. Talvez…

Bamos lá fazer o comer, carago!

Um pouco de cotão…


Por falar em bolsos, meti agora mesmo a mão ao bolso, de que lado? pensaste logo tu, mas não te digo porque ficavas a saber tanto como eu, como estava a dizer, meti a mão ao bolso... e que encontrei? nada, apenas nada, ou melhor, um pouco de cotão, não tenho a certeza se é assim que se escreve, portanto o melhor é mesmo pegar no dicionário e tirar esta dúvida, isto é, espero que sim, às tantas acontece-me como noutras ocasiões, procuro uma palavra no dito da Lello e nicles! a palavra não consta, tantas e tantas páginas e a palavra que imaginei, escrita em bold e com o significado à frente, não aparece lá, isto quer dizer que há dicionários e dicionários, uns são bons, outros nem por isso, paciência, na próxima edição do ano que vem talvez o autor se lembre da minha imaginada palavra e lhe dê um lugarzinho no meio de tantas e tantas páginas, junto de tantas e tantas palavras, umas simples como a minha, outras de pronúncias e significados mais complicados, ah! mas desta vez tive sorte, folheei algumas páginas, umas para a frente outras para trás, no cimo de uma encontrei a expressão cot, com o indicador direito espetado corri as palavras por ali abaixo e, enfim, lá estava ela, impressa em geneva carregado, de facto cotão existe mesmo e escreve-se tal e qual a pensei, ah! ah! e o que quer dizer? vejamos, lanugem de alguns frutos ou pêlo que se separa do pano pelo uso ou pelo atrito ou ainda cisco, partículas que se juntam ao fato, ao chão, às paredes, aos móveis em que não há limpeza, imaginava isto tudo? claro que não, pensei em cotão com uma ou duas palavras para o definir, tipo algodão sujo, e não uma catadupa de palavras, mas que afinal tiveram o condão de alargar os meus conhecimentos, sim é verdade porque, antes, para mim cotão existia apenas nos bolsos das calças ou do casaco e no umbigo, mas agora já sei que o posso encontrar noutros sítios. E por falar mais uma vez em bolsos, agora já posso dizer, não sei se é importante ou não, mas há pouco foi mesmo no bolso do lado direito que meti a mão, ah! está bem mas falta dizer alguma coisa mais, o quê? foi o bolso de quê? das calças ou do casaco? ok esqueci-me disso, foi o bolso das cuecas...

Notas:
1) Texto escrito em Dezembro.1996
2) Hoje, antes de pulicar este ‘post’, andei na pesquisa acerca de ‘cotão’. E, além de outras coisas, descobri que existe a Rádio Cotão. Experimentai, ok? Parece que faz cócegas no umbigo…, às tantas é porque “Cotão. É bão :)”…

domingo, 17 de junho de 2007

Tretas de ténis [7]

Mais uma semana a findar e mais um ‘post’ relacionado com ténis. Hoje vou começar a falar das regras de ténis, a serem publicadas ao longo de várias semanas, e que poderão ter algum interesse para alguém que não esteja muito familiarizado com estas questões. Também vou referir-me aos encontros que vi na televisão dos torneios ATP Queen’s e WTA Barcelona e, no fim do ‘post’, aos meus resultados da semana.

Regras do ténis

Aqui serão transcritas as regras de ténis obtidas através do site da Federação Portuguesa da Ténis, numa versão revista em Nov.2006 por Paulo Cardoso, Juíz-Árbitro da FPT nível 3.
Hoje vou transcrever apenas uma parte da regra nº 1, dado que é um pouco extensa, ficando a restante para a próxima semana.

1. O campo

O campo (court) deve ser um rectângulo de 23,77 m de comprimento por 8,23 m de largura para encontros de singulares. Para encontros de pares o court deverá ter uma largura de 10,97 m.
O campo deverá ser dividido transversalmente a meio por uma rede suspensa através de uma corda ou cabo metálico, a qual deve passar ou ser afixada a dois postes com uma altura de 1,07 m. A rede deverá estar esticada de maneira que não haja espaço entre os postes e a rede e deverá ter uma malha suficientemente pequena para evitar que a bola passe através da rede. A altura da rede deverá ser de 0,914 m ao centro onde é presa ao solo por uma fita. Deverá haver uma fita no topo da rede para cobrir a corda ou o cabo metálico. A fita deverá ser completamente branca.
● O diâmetro máximo da corda ou cabo metálico deverá ser de 0,8 cm.
● A largura máxima da fita central deverá ter 5 cm.
● A faixa ou fita de cobre a rede deve ter entre 5 cm e 6,35 cm de altura em cada lado.
Para encontros de pares, o centro dos postes de pares deverão estar em cada lado do campo a 0,914 m de fora da linha lateral de pares.
Para singulares, se uma rede de singulares for usada, os centros dos postes deverão estar colocados a 0,914 m para fora do campo de singulares em cada lado. Se uma rede de pares for utilizada para singulares, então a rede deverá ser sustentada por dois sticks de singulares com uma altura de 1,07 m, os centros desses sticks deverão ser colocados a 0,914 m para fora da linha lateral de singulares em cadalado.
● Os postes não deverão ter mais que 15 cm de largura ou 15 cm de diâmetro.
● Os sticks de singulares não deverão ter mais de 7,5 cm em largura ou 7,5 cm de diâmetro.
● Os postes ou sticks de singulares não deverão ultrapassar o topo da rede em mais de 2,5 cm.
(continua)

-> Torneio ATP Queen’s – 11/06 a 17/06/2007

Trata-se de um torneio disputado em Inglaterra, em piso de relva, sendo considerado como uma das competições que servem de preparação para Wimbledon.

12/06 – 2ª ronda -> Gael Monfils (FRA) vs Igor Andreev (RUS) 6-3 6-4
16/06 – 1/2 final -> Andy Roddick (EUA) vs Dimitry Tursunov (RUS) 6-4 7-5
17/06 – final -> Andy Roddick (EUA) vs Nicolas Mahut (FRA) 4-6 7-6 7-6
● O francês teve um match-point ao seu dispor no tie-break do 2º set, mas Roddick conseguiu evitar a derrota.
● No set decisivo, o americano venceu o tie-break por 7-2 e, assim, alcançou o seu 4º título neste torneio.
● Bom encontro de ténis e vitória ‘suada’ de Roddick.



-> Torneio WTA Barcelona – 11/06 a 16/06/2007

Torneio em terra batida, com prémios no total de USD 145.000.

16/06 – final -> Meghann Shaughnessy (EUA) vs L. Gallovits (ROM) 6-3 6-2
● Encontro interessante, com vitória algo fácil para a americana.


-> Os resultados da semana

- Semana 24 – 11 a 17/06/2007

11/06 2ª Tretas vs Adv. ES 6-2 6-2 Duração: 1h20
12/06 3ª Tretas vs Adv. RG 6-3 Duração: 0h55
13/06 4ª Tretas vs Adv. ES 6-2 1-2 inc. Duração: 1h00
14/06 5ª Adv. RG vs Tretas 6-4 3-2 inc. Duração: 1h00
15/06 6ª Tretas vs Adv. ES 6-4 6-4 Duração: 1h35

Nota: Fotografias obtidas no site da Eurosport.

sábado, 16 de junho de 2007

Casa de Chá da Boa Nova


Quando passo perto do farol de Leça da Palmeira e vejo a Casa de Chá da Boa Nova, sorrio. E lembro uma história…

Já lá vão mais de vinte e poucos anos. Não me recordo do dia nem do mês, mas sei que foi ao fim da tarde, perto das oito e meia. Naquele dia, tinha convidado uma amiga para tomar um café. E lá fomos até à Casa de Chá da Boa Nova. Arranjámos uma mesa e pedimos dois cafés ao empregado que nos atendeu. Após termos saboreado a bebida, ficámos ainda algum tempo à conversa. E até aqui tudo bem…

Muitos meses depois, e já não me lembro como isso veio à baila, vim a saber pela minha amiga que, naquele dia da nossa ida à Casa de Chá, ficou convencida que o meu convite era também para jantar. E, por isso, não tinha comido antes. Mas, depois, como não viu da minha parte qualquer manifestação nesse sentido, não me disse nada. E, assim, naquele fim de tarde, início de noite, a minha amiga ficou apenas com um café…


Se aquela história se tivesse passado agora, eu saberia que a minha amiga não tinha jantado. E isto porque a amiga da altura é hoje a minha mulher...

Nota: Para quem eventualmente não saiba, aqui deixo esta informação: a Casa de Chá da Boa Nova é um projecto do arq. Siza Vieira, dos anos 1958-1963.

Até nos limpam os bolsos...


Assim como quem não quer a coisa, vamos indo, devagarinho, porque de pressas está o nosso mundo cheio, quando estou fora do meu canto penso logo na altura de cair do cimo dos meus andaimes, dos meus pensamentos, mas não posso aldrabar a minha situação, isto é assim mesmo e não há volta a dar. Dando voltas e mais voltas ao miolo da questão, fico na mesma, o miolo está mesmo no meio disto tudo, logo agora que pretendia dissertar acerca dos lados escalenos do triângulo que os tem e... pronto, nada está bicudo. Isto é mesmo uma grande chatice e digo-te mais, chatice por chatice, prefiro uma chatice mais fria, do tipo gelado pralinê com nozes e caramelo, ah! ah! ah! querias, guloso dum raio, pensas que ando aqui para aturar as tuas gulodices, aturar por aturar, aturo as minhas, com tua licença.

Mas qual é o raio do problema? Estou mesmo a ver que não há problema, não é? O que há são as chatices do dia-a-dia ou de todas as noites, ora deixa lá isso! isso cura-se com um cházinho quente de limão e mel doce, doce sim porque para amargo já chega o chocolate que se compra para fazer a mousse, digo bem, que se compra porque às vezes, na falta do outro com nougat e passas, vai mesmo o dito amargo, ai ninas!, já lá dizia o outro, em tempo de guerra não se limpam as armas, e nos dias de hoje as limpezas já não são o que eram, agora queres uma limpeza geral das três assoalhadas onde moras, incluindo sanita e bidé da casa de banho? pegas nas páginas amarelas, procuras a letra éle e...pronto! aparecem lá mais de meia dúzia de empresas especializadas em limpezas domésticas, industriais e outras que tais, o que é preciso é money para pagar, ah pois! e toma nota que os gajos não são nada baratos, em tempos conheci um inglês que era dono de uma empresa dessas, o tipo tinha vários empregados, andava num Jaguar verde escuro e passava as férias em Málaga, dizia ele que tinha lá uma casa, estás a topar? as limpezas dão muito, os tipos até nos limpam os bolsos...


Nota: Texto escrito em Dezembro.1996

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Assim como quem não quer a coisa…


Sob o título acima, fui escrevendo diversos textos durante alguns anos, mais concretamente desde o inverno de 1996 até ao outono de 2002. E fui, ao longo dos tempos, deixando-os arquivados numa ‘pasta’ de “Os meus documentos” do Windows98, a modos como se fossem inquilinos vitalícios do disco duro do velhinho computador de secretária.

Lembrei-me há dias de tratar-lhes da mudança para uma nova morada. Já resolvi esta questão e, então, residem agora numa assoalhada arejada e soalheira do ‘hard disc’ do portátil, onde lhes é possível usufruir de melhores condições patrocinadas pelo Windows XP. Mas, como não é possível prever o que lhes pode acontecer no dia de amanhã, obriguei-os a também manterem a casa antiga, deixando lá uma réplica dos seus tarecos.

Lembrei-me também de os apresentar neste blogue. São textos que foram escritos durante ataques de parvoíce, quer resultantes de momentos de alegria ou de euforia, quer em alturas de desânimo ou de revolta com os acontecimentos do dia-a-dia. E, por isso, na sua maioria traduzem-se em ´parvoeiras’, por vezes com algum sentido, outras não.

Aqueles textos aparecerão aqui no blogue, de vez em quando, sem compromissos de periodicidade, e com títulos que lhes vou atribuir na altura. Mas sempre subordinados à etiqueta “Assim como quem…”.

E o primeiro sairá da ‘casca’ amanhã.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Você ou tu?


Na língua portuguesa, temos dois vocábulos para designar a segunda pessoa do singular e indicar a pessoa a quem se fala ou escreve. Ou seja: você ou tu [aliás, ainda há outro termo, hoje em dia quase só usado pelos mais idosos dos meios rurais: vossemecê].

Quando era puto, fui ensinado pelos meus pais, e também pelos outros adultos, familiares ou amigos, a tratar os mais velhos por ‘você’. E não se entendia por ‘mais velhos’ aquelas pessoas que tinham umas dezenas largas de anos mais do que eu. Diziam-me que, assim, mostraria respeito pelos mais velhos. Daí que sempre tratei os meus pais por ‘você’. E, também por isso, apenas chamava por ‘tu’ os miúdos mais ou menos da minha idade.

Mais tarde, já espigadote, lembro-me de questionar porque teria de ser assim. Achava [e ainda acho] que o respeito pelos outros não passa pelo tratamento por ‘você’. Mas, apesar disto, reconheço que, ao longo dos anos, não mudei muito a minha forma de lidar com as pessoas, porque aqueles hábitos estão há muito enraízados nos meus procedimentos. Isto é, não me ponho a tratar por ‘tu’ qualquer pessoa no primeiro contacto, embora muitas vezes, se a relação perdura, tome a iniciativa de propor, nos contactos seguintes, a mudança do ‘você’ para o ‘tu’.

Sou adepto do ‘tu’ nos relacionamentos das pessoas. Sinto-me mais à vontade com alguém a quem não preciso de chamar de ‘você’. Sinto-me mais próximo dessa pessoa. E isto não quer dizer, necessariamente, mais íntimo.

E tu, qual é o tratamento que gostas mais? Você ou tu?