domingo, 30 de novembro de 2008

Força, Manekas!


O adepto de futebol que, semana sim semana não, senta o cagueiro na bancada para ver apenas os jogos das equipas dos graúdos, quase não se apercebe de outras situações que giram à volta desta modalidade.

Mas quem anda mais metido nestas coisas do futebol sabe que os graúdos de hoje foram os miúdos de ontem. E quem se mete em tais andanças também sabe que alguns dos miúdos de hoje serão os craques de amanhã. E sabe ainda que isso deve-se em grande parte ao talento de cada miúdo e à paciência e aos ensinamentos dos treinadores, mas também, inúmeras vezes, graças à boa visão dos olheiros.

Ora, todo este paleio tem a ver, por um lado, com o facto de agora me dedicar em part-time à actividade de... olheiro [que, para poupar em recursos humanos, acumulo com as de gestor de carreiras e de empresário de passes, ou seja, sou um genuíno "three-in-one"...] e, por outro, com uma tarefa especial que tinha agendado para esta manhã.

Por isso, e embora o tempo não estivesse pêra doce, o frio rachava e a chuva gelava, meti os sapatos ao caminho, visto que tinha de cumprir a tal missão. E, cerca das nove e pico da madrugada, lá estava a entrar no antigo Campo da Constituição {depois das grandes obras de remodelação que lá foram terminadas há pouco tempo, tem agora o nome de Vitalis Park [e, entre parêntesis duplo, posso referir que, além do terreno de jogo ser relvado, todo o restante espaço visível ao comum dos espectadores está muito funcional, agradável e... azul e branco, claro!]}.

E fui lá fazer o quê?... Ora, pois...isso é segredo! E como segredo que é não vou aqui desvendá-lo, caso contrário toda a gente ficaria a saber tanto como eu, certo? [e acresce ainda que o segredo é a alma do negócio de qualquer "3 em 1" que se preze]. Mas, a título de dica para os diários desportivos, posso adiantar que ali houve um jogo de futebol de sub 14 e que, no intervalo [do jogo e da missão], alguém me pagou um cimbalino... [e isto prova, mais uma vez, que neste mundo há sempre uma pessoa amiga].

E pronto, creio que era isto que queria registar aqui neste dia friorento. Brrrrrr!...

Ah, quase me ia esquecendo: força, Manekas!*







*[e não te esqueças de me devolver o contrato, devidamente assinado, ok?]


Nota: Para que não hajam dúvidas, confesso que, enquanto adepto de futebol, me considero bem descrito no primeiro parágrafo, ainda com a situação agravante de, semana não semana sim, me alapar no sofá a ver os encontros pela têvê quando os dragões vão jogar fora.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Livro de bolso


Ao longo dos quase dois anos de existência deste blogue, já anotei mais de uma centena de tópicos para ideias ou temas de textos. E muitos deles, por esta ou por aquela razão, ainda não passaram da fase da 'dica'... Até quando?

A capa aqui ao lado é de um livro de bolso, com 16x11,5 cm. Trata-se de uma das ferramentas onde escrevo aqueles tópicos. E como as páginas em branco deste livro estão a rarear, ando à procura de outro. Mas, até agora, ainda não encontrei um que me motivasse à compra, seja pelo tamanho, seja pelo aspecto gráfico da capa [e este pormenor tem alguma importância para mim, pois, de preferência, a capa deverá ser preta].

Pode ser que... Enfim, aceito sugestões, ok?


A propósito...



A propósito do post anterior, tenho de admitir que, mais uma vez, mandei um pouco às malvas uma das regras que a mim próprio impus para as publicações neste blogue.

E um das regras consiste em não colocar aqui fotos de pessoas que, de alguma maneira, permitam a sua identificação na vida real. Pode ser parvoíce minha, mas, enfim, trata-se de um critério pessoal.

Como queria juntar um "boneco" ao pequeno texto daquele post, andei em pesquisas na internet por um desenho que representasse uma criança a dormir. Mas não encontrei um que fosse do meu agrado. E, daí, pensei que o mais interessante até seria um "boneco" do protagonista, desde que fosse adequado ao teor do texto e não mordesse os calcanhares ao referido critério [ou, pelo menos, que não mordesse muito].

Foi assim que cheguei a dois instantâneos captados na mesma altura, já lá vão mais de dois anos [não podiam ser recentes, por razões daquela regra]. Um deles é o que saiu no post abaixo e o outro é colocado hoje ali em cima [depois de uma operação de "recorte"]. E se resolvi publicá-los é por estar convicto que, em ambos, o meu "amigo e companheiro" [é assim que o trato muitas vezes] apenas poderá ser reconhecido por quem o conhece no dia-a-dia, ou seja, por familiares e amigos.

E era isto o que queria dizer [a propósito do post anterior, claro!].

domingo, 16 de novembro de 2008

Dormir aos...


O neto tinha acordado há poucos momentos. E ainda a esfregar os olhos, disse:

- Hoje dormi aos restinhos, ainda estou com sono.



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Solidariedade


Shakira é a "humanitária do ano": esta é a conclusão de um inquérito levado a cabo pela revista "People en Español", que ainda destacou as acções de solidariedade de estrelas como Ricky Martin e Chayanne.
Shakira tem desenvolvido as suas acções humanitárias junto de crianças desfavorecidas, mas esta vertente da artista colombiana não é recente. Foram os seus pais que desde muito cedo se esforçaram por alertar Shakira para as dificuldades de vida de outras crianças, numa altura em que a própria família da futura cantora tentava ultrapassar uma fase difícil. Sensiblizada pela causa, uma das primeiras iniciativas que Shakira tomou quando despontou o seu êxito foi fundar uma organização para construir escolas para as crianças pobres da Colômbia, a Pies Descalzos.

Esta é a notícia integral que retirei hoje do
Jornal de Notícias. E fiquei agradavelmente surpreendido com o conhecimento daquelas acções da cantora.

Sabe-se que muitos artistas, desportistas e outros detentores de elevados rendimentos optam por criar fundações de solidariedade com o objectivo de diminuir os impostos. Mas sabe-se também que outros nas mesmas condições, em vez de promoverem iniciativas solidárias, preferem passar as suas residências oficiais para países de reduzida carga fiscal. Ao menos aqueles acabam por contribuir para uma melhoria das condições básicas da vida de gente necessitada, em áreas como a educação e a formação ou até o desporto.

E, asim, aqui fica registada a minha admiração pela Shakira [uma das cantoras preferidas da neta Sara].

Quem está aí?




Quem está aí?...

Não te escondas atrás da tua sombra. Aparece!

... tu sabes!




... tu sabes, acho que sabes!

Ó Pinto [que não sei quem és], sabes de certeza que aquilo que fizeste não tem nada a ver com os graffiti. É simplesmente poluição visual. E isto dispensa-se bem, seja lá onde for.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Porto Côvo: pôr-do-sol



Em Setembro, o movimento de turistas em Porto Côvo diminui imenso em comparação com o mês anterior.

E isso até permite obter fotos da praça principal quase despida de pessoas. Ao cair da tarde, com o sol a pôr-se ao fundo.

Darfur: cessar-fogo?


O presidente sudanês, Omar Hassan al-Bachir, anuncia um cessar-fogo incondicional no Darfur.


Será para valer?...

Notícias para seguir com atenção.

Pelotão das 'carecadas'... [3]


[continuação daqui]



Naquela manhã houve, portanto, grande rebuliço no quartel. Na 2ª Companhia, os desenfiados do 'meu' pelotão foram chamados ao gabinete do comandante da Companhia [um capitão severo e exigente, a quem o pessoal atribuíra o apelido de "Black" por ser mulato]. E, depois de um sermão do caraças acerca da disciplina militar e da atitude irresponsável na noite anterior, o comandante informou-os do castigo para cada um: 30 dias de detenção 'particular' e ida ao "Caifás".

Daquele castigo, que não ficou registado na caderneta militar dos desenfiados, a parte mais aceitável ainda era o tempo de detenção, dado que representava apenas o impedimento de sair do quartel durante um mês [apesar de ter obrigado a uma grande utilização de creolina na limpeza diária da caserna…]. E isto porque a outra parte da punição foi mais humilhante para todos os visados. É que o "Caifás" era o barbeiro do quartel e ele sabia que, para aqueles casos, teria de utilizar a 'máquina zero', ou seja, teria de dar uma carecada a cada um daqueles milicianos. E, claro, foi isso mesmo que o "Caifás" lhes fez.

Como era, em todo o quartel, o grupo onde havia maior número de cabeças rapadas, foi desta maneira que o 'meu' pelotão ficou conhecido, durante os restantes dois meses da especialidade, pelo "pelotão das carecadas".

E falta apenas acrescentar mais uma coisa: um daqueles cabeças rapadas era eu. Pronto, está dito!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Dia do Armistício


Foi há 90 anos que foi assinado o Armistício em França, entre os Aliados e o Império Alemão, dando por findas as hostilidades da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), que fez mais de 15 milhões de vítimas.

Foi há 90 anos e, por isso, hoje por quase toda a Europa comemora-se o Dia do Armistício.





[... Mas o Homem normalmente tem memória curta. Tão curta que, quase vinte anos depois, teve início o conflito que mais vítimas causou em toda a história da Humanidade, a 2ª Guerra Mundial (1939-1945)].

Nota: Imagens obtidas na Wikipédia.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pelotão das 'carecadas'... [2]


[continuação
daqui]



De vez em quando, depois do jantar, havia lugar à realização de 'instrução nocturna'. Este tipo de actividade tanto podia ser um patrulhamento exterior como uma projecção de filmes no refeitório do quartel. As instruções nocturnas umas vezes destinavam-se a uma ou a duas Companhias, outras vezes abrangiam todas. As sessões de cinema eram para todo o pessoal do quartel, visto que quase todos os filmes versavam a guerra do Ultramar e continham uma mensagem explícita para os soldados a fim de os motivar para o combate, mas, por serem muito repetitivas, tornavam-se uma grande 'seca' para quem era obrigado a assistir.

Numa daquelas noites de cinema lá estavam todas as Companhias na parada, devidamente formadas com os seus pelotões, à espera da indicação do oficial de dia para entrar no refeitório. Na altura, o 'meu' pelotão era comandado por um cabo miliciano, tipo 'porreiro', que, em voz baixa, ia-nos dizendo: "Depois da ordem para avançar, quem quiser 'desenfiar-se' ao filme, pode ir embora, ok?". Quando foi dada aquela instrução, quase metade do 'meu' pelotão, com a ajuda da escuridão da noite, esgueirou-se da formatura e dirigiu-se para a porta de armas. E depois, fora do quartel, verificou-se que, como já acontecera em ocasiões anteriores, tinha havido o mesmo procedimento noutros pelotões, pois eram muitos os milicianos que se 'baldaram' à sessão de cinema. Por isso, naquela noite os 'desenfiados' foram aos seus destinos, descansados da vida...

Na manhã seguinte é que foi "o bom e o bonito". Todo o pessoal que se ‘desenfiara’ na noite anterior ficou então a saber o que tinha acontecido após a projecção. É que o oficial de dia tinha-se apercebido que estavam poucos soldados a assistir ao filme e, por isso, deu instruções para no fim da sessão se fazer uma 'chamada à americana', isto é, chamar os soldados um a um à saída do refeitório. E, desse modo, foram detectados todos os faltosos.

[continua]