sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Poupança?...


Neste dia assinala-se o Dia Mundial da Poupança. Mas, nos tempos que correm, quem o celebra?

Em Portugal, no ano 2007 a poupança das famílias atingiu a taxa mais baixa dos últimos 12 anos [ver aqui]. E sabe-se que os rendimentos de grande parte das famílias não é suficiente para o custeio das necessidades básicas em alimentação, saúde e educação.

Então, poupar onde?





Nota: Imagem obtida na Sic Online.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Olá... 2 anos!



Com muitos beijinhos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sudokumania


Há três anos, a quando das férias da praia no mês de Agosto, deu-me a mania para jogar Sudoku. Havia um certo entusiasmo por este passatempo por parte de alguns amigos e isso levou-me a também aderir à onda.

E a 'onda galgou a praia' quando, na altura, comprei a revista semanal Sábado que ofertava um livro de Sudoku
[formato 10,5x18 cm, com uma centena de problemas de diversos graus de dificuldade: simples, moderado, complexo e diabólico]
o que me arrastou desde logo para a situação de arranjar os restantes apetrechos necessários
[um lápis Staedtler de mina soft 2B, uma borracha branca hi-polymer e um bom afia-lápis cor de prata]
para o exercício correcto da sudokumania.

Na contracapa do livro pode ler-se:
"Sudoku é um jogo que não vai querer perder.
Vai escrever e apagar muitos números, mas não desista, pois os jogos mais difíceis estão no fim.
Para jogar Sudoku não é preciso gostar de matemática, basta um lápis, uma borracha e pensamento lógico.
Comece por um nível mais fácil e, num instante, estará pronto para desafios cada vez mais diabólicos.
Sudoku é altamente viciante. Milhares de pessoas em todo o mundo já se renderam ao seu poder.
Afinal, os números falam por si."


Então o Sudoku é altamemte viciante?... E ninguém toma uma atitude para acabar com o vício?... E não se fazem umas sessões de esclarecimento para o pessoal viciado?... E onde estão as clínicas de desintoxicação?...
[os sudokuados também são filhos de gente]

E repare-se nesta informação: "milhares de pessoas em todo o mundo...". Mas o que é isto comparado com os 6,6 mil milhões de alminhas que habitam a Terra?
[os gajos não sabem o que dizem, é o que é]

Sei que, naqueles tempos, a mim o Sudoku não viciou muito. E isto porque apenas resolvi dezena e meia de problemas
[dos simples, claro!]
até ao fim do mês seguinte. E arrumei o livro de lado, com as respectivas ferramentas do vício, durante o resto do ano. No ano seguinte nem lhes pus a vista em cima. E apenas voltei a pegar-lhes quando faltavam dois meses e pico para o fim de 2007,
[confesso que não sei para quê]
para, passados uns dias, lá voltar a encostar de novo o material na gaveta.
[ou foi na estante? já não me lembro]

Mas, não sei bem porquê, este ano voltei a interessar-me por este passatempo. Não foi com o tal livro 10,5x18 cm, com uma centena de problemas de diversos graus de dificuldade: simples, moderado, complexo e diabólico,
[é que entretanto perdi-lhe o tino]
mas foi com os problemas publicados nos jornais, nos gratuitos ou no Público quando o compro,
[este traz sempre dois jogos, quase sempre um fácil e outro difícil ou mesmo muito difícil]
o que me tem permitido passar melhor certos tempos mortos das manhãs, quando estou na casa de banho,
[distrai-me do que estou lá a fazer na posição de sentado]
pois que é para isso mesmo que servem os passatempos.

E, pronto, de Sudoku já chega, tá?




[que raio de patarequice, isto só de mim...]

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A teia abandonada


Ainda esta manhã era possível admirar a beleza de toda a teia, pois o orvalho da noite anterior realçava os fios de renda muito fina.

Mas, ao início da tarde, bastaram umas pingas de chuva para o rendilhado começar a ficar desfeito. E, pressentindo que a parte restante também seria danificada, a aranha pirou-se e abandonou a teia, certamente furiosa com a 'tempestade'.

Também eu me pirei do sítio, a remoer: "Que raio de tempo!..."



O esplendor de Portugal


Há cerca de dez anos foi-me oferecido um livro do Lobo Antunes como prenda de aniversário. Logo a seguir à dedicatória foi acrescentada esta nota: "Para leres e depois emprestares!".

Ao longo destes dez anos fiz dezenas e dezenas de tentativas para dar andamento ao pedido daquela nota. Lia quase diariamente antes de me deitar e, ao fim de uma semana, tinha avançado apenas trinta ou quarenta páginas. A leitura obrigava a uma concentração enorme, lia quatro ou cinco páginas e necessitava de voltar atrás para enquadrar novamente uma ou outra personagem, uma ou outra situação. A leitura tornava-se fatigante, incomodativa, frustante. E, por isso, acabava por desistir e punha o livro de lado. Uns meses depois recomeçava a leitura desde a primeira página, mas aqueles procedimentos repetiam-se. E, mais semana menos semana, lá voltava o livro para o descanso da estante por mais uns tempos. E isto durou dez anos!

No fim do ano passado, talvez em Outubro, retomei mais uma vez a leitura do tal livro. Estava entusiasmado pela experiência de, entretanto, ter lido diversas crónicas daquele escritor na revista "Visão" e, então, pensei com os meus botões que seria agora ou nunca. E foi mesmo! Com uma leitura nem sempre diária durante cerca de sete meses, no sistema 'avança umas páginas e volta atrás' para situar o desenvolvimento da acção do livro, consegui chegar ao fim. E gostei de ter chegado ao fim do livro. E gostei de ter lido o livro. E, agora, estava finalmente possibilitado a emprestá-lo...

E, de facto, já o emprestei. O 'meu' livro com o título "O esplendor de Portugal", de António Lobo Antunes, está agora em Barcelona nas mãos do meu filho, que foi quem o ofereceu.

Na 'onda' da leitura daquele livro, comprei este ano outro do Lobo Antunes´: "O meu nome é Legião". Comecei a lê-lo há cerca de cinco meses e já consegui ultrapassar as duzentas páginas, mais de metade. E estou a gostar de o ler.

Do mesmo autor e à espera de vez para serem lidos, ainda tenho os seguintes livros: "As naus", "Que farei quando tudo arde?" e "Livro de crónicas". Mas não sei quando pegarei num deles para o ler. Não sei mesmo!...

domingo, 26 de outubro de 2008

Pelotão das "carecadas"... [1]


Estávamos em Outubro de 1967, no quartel de Tavira. No início do mês tinham chegado várias dezenas de soldados milicianos. Todos eles vinham de outros quartéis onde passaram os seus três primeiros meses do serviço militar obrigatório. Agora preparavam-se para mais três meses de tropa através da formação militar da 'especialidade' que, em função dos resultados dos testes psicotécnicos realizados durante a recruta, fora atribuída a cada um.

A mim e a outros vinte e tal daqueles milicianos, destinados à 'especialidade' de "Reconhecimento e Informação" [ver aqui], coube-nos ser enquadrados num pelotão colocado na 2ª Companhia.

À época, quem chegava de novo ao quartel de Tavira logo era confrontado com uma das suas 'características': a 'invasão' de percevejos nas casernas. E, devido a isso, muitos dos milicianos arrendavam quartos particulares na cidade. Tal era possível pela relativa facilidade com que se obtinha na secretaria da Companhia a licença de 'pernoita fora' e também pelos esquemas, à porta de armas do quartel, de oferta de quartos. Aliás, uma parte da população circundante vivia dos rendimentos que essas rendas proporcionavam, dado que de três em três meses lá apareciam novos inquilinos.

No 'meu' pelotão, constituído por quase trinta 'especialistas', mais de uma dúzia tinha arrendado quartos e, portanto, não dormia no aquartelamento. Todos os dias, após serem cumpridas as actividades dentro do quartel, das quais a última era quase sempre a presença na formatura para o jantar, os 'pernoitas fora' lá se preparavam para a revista da saída, feita pelo oficial de dia: a farda cuidada e vestida a preceito, a boina assente na cabeça e as botas bem engraxadas.


[continua]

Notas:
1.- A minha ideia inicial era colocar o texto completo num 'post', mas, depois, apercebi-me que estava muito extenso. E assim, como não quero contribuir para algum leitor adormecer sobre o computador, resolvi publicá-lo por duas ou três vezes. Daí, a indicação "continua" logo a seguir à foto.
2.- Foto do Quartel da Atalaia - Tavira, obtida na Wikipédia.

sábado, 25 de outubro de 2008

Entrada livre


Até agora a possibilidade de fazer comentários neste blogue apenas era permitida a quem estivesse registado. E, por isso, esta situação era impeditiva de alguns amigos deixarem aqui as suas palavras, devido ao facto de não terem feito o seu registo em qualquer servidor.

Mas, a partir de hoje, as coisas estão mudadas, quem quiser pode deixar o seu comentário.

Agora, a entrada é livre!