sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Há momentos em que…



Há momentos em que as imagens das recordações, quase sempre guardadas a sete chaves no cofre do subconsciente, passam na tela do dia-a-dia em ritmo acelerado como nos filmes do cinema mudo.

Há momentos em que o rosto sombrio, por se assemelhar aos dias cinzentos dos invernos sem sol, não consegue abrir-se num sorriso, tal é a onda de tristeza que sente inundar o resto do corpo.

Há momentos em que o estar só tem apenas o sentido de estar mal acompanhado e, por isso, como a lua cheia sem luar, a solidão ainda dói mais.

Há momentos em que se deseja mandar tudo à fava, tal é o desânimo que se atira em vagas sucessivas contra a vontade de fazer alguma coisa.

E também há momentos em que apetece gritar: que vida de merda!




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