quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desnudada...





Tantas vezes te vi assim, desnudada... E, nesses momentos, tens outra beleza, diferente, mas de igual modo atraente aos meus olhos.

Tantas vezes te vi assim, desnudada... E, confesso, não me canso de ficar encantado, perplexo, a olhar o teu porte enorme, austero e simples.

Tantas vezes te vi assim, desnudada... E, mesmo quando te despojas das tuas roupagens, com suaves gestos ou com movimentos bruscos dos teus braços, apercebo-me que continuas segura de ti e orgulhosa das tuas origens com centenas de anos.

Tantas vezes te vi assim, desnudada... E interrogo-me sempre como consegues esperar pela moda da primavera/verão, a fim de adornar os contornos do teu corpo com novas rouparias de cores sempre iguais e sempre diferentes.

Tantas vezes te vi assim, desnudada... E, em cada ocasião, a dor da despedida é tão intensa que apenas a consigo mitigar com a saudade que logo sinto para voltar a ver-te assim, desnudada…



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