domingo, 7 de novembro de 2010

Matemática e... memórias!


Ao longo de toda a minha vida de estudante, fui um afortunado no que respeita à área da matemática, pois tive quase sempre bons professores. E guardo boas memórias de três deles, que tiveram uma importância enorme no meu gosto por aquela ciência do cálculo.

E como de "pequenino é que se torce o pepino", começou logo na primária, durante a 3ª e a 4ª classes, já lá vão cerca de 55 anos. A escola situava-se na Praça das Flores, no Porto, num edifício adapatado que, creio, ainda existe naquela praça. Foi lá que, catraio de 8 ou 9 anos, comecei a gostar de lidar com os números e com as operações básicas. E o responsável por isso foi um professor de quem nunca esqueci o nome. Era o professor Ferreira.

Alguns anos mais tarde, voltei a cruzar-me com outra pessoa que também teve o mérito de incentivar o meu gosto pela matemática. Na altura, eu teria à volta de 27 anos. Para entender melhor esta parte, convem dizer que tinha terminado o antigo Curso Geral do Comércio aos 15 anos e que, após um interregno de 12 anos, decidi prosseguir os estudos no antigo Instituto Comercial, na Rua Entreparedes - Porto.

Para isso, e como a minha origem académica não era de um liceu, mas sim de um curso técnico, tive de fazer um "upgrade" durante um ano. Era o chamado SPI [Secção Preparatória aos Institutos], em que se estudavam três disciplinas: Português, Física e Matemática.

Foi nesse ano, na Escola Comercial e Industrial de Matosinhos, que tive uma excelente professora, de quem, com vergonha o digo, não me lembro do nome. Sei que era funcionária do posto de turismo de Matosinhos e que, em horário pós-laboral, dava as aulas de Matemática. Foi uma altura em que, como estudante, pela primeira vez obtive classificações de vinte.

Já depois de ter entrado naquele Instituto [entretanto, o nome mudou para Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto - ISCAP], conheci outro professor extraordinário no segundo ano do curso. Era o Dr. Miguel Martins, que leccionava a disciplina de Matemática Aplicada. Foi nesta fase que o meu entusiasmo pela matemática aumentou exponencialmente. Foi também um ano em que as minhas notas foram boas, a saltitar entre os dezoito e os dezanove.

E era este professor que, aos seus alunos, indicava a título extra-curricular um livro excelente, que quase se pode ler como se lê um romance. Trata-se de: Conceitos Fundamentais da Matemática, de Bento de Jesus Caraça.

Aqui fica a capa daquele livro. E se o encontrares à venda, mesmo usado, não hesites: compra-o e depois verificarás que vale a pena.


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