terça-feira, 2 de janeiro de 2007

teatro de marionetas do porto


Vi a última peça do Teatro de Marionetas do Porto no seu último dia de exibição, na noite fria de 23 de Dezembro. O nome da peça: "Cabaret Molotov".

Nessa noite, de regresso a casa, já vinha a germinar o rascunho de um 'post' acerca do TMP, no qual expressasse a minha opinião sobre aquela peça e também acerca da companhia. Por alguns alguns factos que, entretanto sucederam no meu dia-a-dia, apenas hoje consegui pôr a ideia em execução.

Começo, então, pelo Teatro. Sou um espectador mais ou menos assíduo dos trabalhos do TMP, penso que a primeira peça que vi na Rua de Belomonte já lá vai mais de uma dúzia de anos. Assisti a mais de uma dezena de peças, quer naquele espaço, quer no auditório do Ballet Teatro. Houve algumas que me entusiasmaram, muitas outras que gostei e poucas houve que não apreciei. Posso referir algumas que coloco nestes dois primeiros grupos: ´Óscar', 'A cor do céu', 'O aprendiz de feiticeiro', 'Polegarzinho', 'História da Praia Grande', 'Como um carrocel à volta do sol', etc..

Mas houve três peças que me encheram as 'medidas' ao longo destes anos , eis o meu pódio das 'vencedoras': 'Vai no Batalha', 'Miséria' e 'Os encantos de Medeia'.

O TMP tem mudado vários dos seus membros ao longo do tempo, como é normal num projecto que já tem vários anos. Dos que já não fazem parte da companhia menciono os nomes dos que ainda me lembro: o Mário Moutinho, a Marta Nunes, o Rui Oliveira e o Igor Gandra. Mas, com estes ou com os actuais, sempre senti que os trabalhos trazidos até ao público traduzem uma entrega séria e profissional de uma equipa ampla, que vai para além dos encenadores e dos actores, uma equipa que começa a trabalhar alguns meses antes da estreia, com os ensaios, com a feitura dos 'bonecos', com a procura dos adereços, etc.

E a quem desejar saber mais coisas acerca do TMP, aconselho uma visita à sua página, no seguinte endereço:
http://www.marionetasdoporto.pt

E termino a falar do 'Cabaret Molotov'. Foi mais uma obra que gostei. Gostei do espectáculo em geral, gostei da encenação, gostei da interpretação dos 'bonecos', gostei mais uma vez da 'ligação' actor vs manuseador da marioneta, gostei da música, gostei do jogo de luzes e som. Mas há dois pormenores que não percebi: um, logo no início, foi o disparo do 'canhão humano' ter sido accionado pelo operador de som e luz, porquê? e o outro, quase no final, foi a entrada da instrumentista a tocar acordeão até ao centro da boca de cena, onde se deitou de costas e nessa posição continuou a tocar, também porquê? Mas isto não enublou o suficiente o gozo da peça e, portanto, ainda posso repetir: gostei!

Porque gostei, aqui quero dar os parabéns. Em primeiro lugar, e sem qualquer menção especial: parabéns ao João Paulo Seara Cardoso, pela encenação e pelos cenários, parabéns ao Edgar Fernandes, à Sara Henriques e ao Sérgio Rolo pela ligação
'unha-e-carne' aos papéis dos 'bonecos' [apenas como exemplo, saliento: o 'coelhinho branco', a 'dançarina de tango' e o 'kamarada' Dimitri'] e parabéns a todos os restantes elementos do TMP. Finalmente, e aqui sim, quero deixar uma nota de distinção: parabéns à Shirley Resende, pela interpretação da música que tocou, quer ao piano, quer com o acordeão, quer ainda pelo bater dos bombos. Gostei, gostei e gostei! Já vi diversas peças em que a Shirley tocou, mas, creio, neste espectáculo deu um salto, um bom salto! Por isso, mais uma vez, parabéns!

E, se alguém ler estas 'tretas' até aqui e tiver interesse em ver o 'Cabaret Molotov', então há agora outra oportunidade: soube hoje que o TMP vai ter esta peça novamente em cena de 3 a 10/01.

Aqui fica o cartaz.


1 comentário:

digoeu disse...

das peças todas que vi,a minha preferida sem hesitar foi o "exit"!
TMP lembra TPM quando se avista o post pela primeira vez! Este ainda não vi!!!
Obrigada pela visita lá no blog e comentário que até me fez ruborizar!!