quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Esperei tanto por ti que...



A espera por ti estava a ser longa. Enquanto esperava, pus-me a olhar à minha volta. As gaivotas faziam os seus voos de rotina diária para exercitar as asas e treinar acrobacias para a pesca de subsistência. Os barcos rabelos, enfeitados para atrair os turistas, subiam e desciam a correnteza para os passageiros fotografarem as margens do rio das seis pontes.

Cansei de esperar e adormeci, deitado na relva. Não faço ideia de quanto tempo estive ali em sonhos que agora não recordo. Mas, quando acordei, só vi os sapatos que ainda faziam o favor de calçar os meus pés e o barco rabelo ali ancorado, à minha frente.

Não apareceste, mas não houve mal por isso. É que tive a hipótese de registar aquelas imagens e, por isso, sinto-me recompensado pela espera em vão.







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