tretas -> ardis, manhas; palavreados; lérias; palanfrórios; e coisas sem importância [algumas vezes com...]
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
À procura de uma ribeira…
Em viagens pelo Portugal desconhecido, aparecem-nos por vezes situações ou casos inesperados. Isto vem a propósito do que me aconteceu há cerca de quatro anos.
Numa altura que estava de férias perto de Sines, meti-me no carro e resolvi ir à procura da Ribeira de Moinhos, que, de acordo com as indicações na estrada, fica a cerca de 3 km da cidade.
Por falta de placas de orientação a partir de certa altura ou por erro de navegação da minha parte, o certo é que não encontrei a ribeira ou não me apercebi da sua existência. Sei que, após ter passado um pinhal e ter entrado sem saber nos terrenos da Herdade da Jardoa, acabei por encontrar uma ermida, no meio de uma clareira.
Estava referenciada como Ermida de S. Bartolomeu. Todo o seu aspecto exterior, bem como o estado do terreno envolvente, indiciavam um pouco de abandono ou de desleixo. Não encontrei alguém para saber alguma coisa daquele sítio [embora não seja um fã de locais de culto religioso ou afins, gosto de ficar com informações dos locais por onde passo, até porque “o saber não ocupa lugar”, como diz o povo].
Para isso, fui à internet e consultei a página do município de Sines, de onde retirei este texto:
ERMIDA DE S. BARTOLOMEU
Construída pelos frades da Ordem de Santiago cumprindo, admite-se, ordens de Dom Pedro I (século XIV). Torna-se destino de peregrinação, com destaque para os profissionais dos curtumes, uma vez que Bartolomeu é o patrono dos ofícios que lidam com objectos cortantes. Dessa peregrinação especializada são testemunho as pedras de amolar incrustadas nas paredes do edifício.
Em 1517, de visita a Sines, Dom Jorge de Lencastre, comendador da Ordem de Santiago, passa pela ermida e determina que se proceda à recuperação da cobertura.
Em 1834, com a extinção das ordens religiosas, o edifício passa para a posse de particulares e entra em ruína.
Será a família Montes Palma que na década de 60 salva o monumento. Na década de 70, os terrenos da ermida são expropriados. A igreja chega a ser usada para habitação. Por iniciativa do padre José Martins, o edifício é recuperado para a posse da paróquia.
Em 23 de Setembro de 2001 é inaugurado o restauro realizado no âmbito do protocolo entre a Câmara Municipal de Sines e a Diocese de Beja.
Indisponível para visita ao interior.
Também gosto de fotografar os sítios por onde passo. Assim, aqui fica o registo daquele local através de algumas das fotos obtidas na altura.
Nota: O link para aquela informação no site do município de Sines é o seguinte:
http://www.sines.pt/PT/Concelho/patrimonioarquitectonico/outrostemplos/Paginas/default.aspx
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