Antes de me lançar no deslindar das verdades e das mentiras colocadas no desafio do post anterior, desejo:
a) referir que a minha opção de efectuar um sorteio [é que fiz mesmo um sorteio com fichas numeradas...], para determinar os desafiados, foi quase um fiasco. Por minha culpa, claro! É que, dos nove sorteados, cinco não tiveram a gentileza de me endereçar uma palavra [em abono da verdade, também não eram obrigados a isso, mas...]. Fica este registo para eu não voltar a cair no mesmo erro.
b) manifestar o meu apreço e o meu muito obrigado às quatro bloguistas que aceitaram o desafio, bem como às restantes que, não tendo sido desafiadas, também deixaram os seus palpites.
c) expressar, a cada uma das bloguistas a que me refiro na alínea anterior, a minha amizade através de um olá, de um sorriso e de um abraço.
Agora, e tendo em conta o tempo decorrido após a publicação do post, pode-se dizer que a verdade pode demorar, mas o certo é que vem [quase] sempre ao de cima. Daí que, sem mais demoras, vou passar a referir-me às verdades e às mentiras daquele desafio.
Então, vamos a isto:
1. A ideia surgiu-me com uma história que tem mais de vinte anos. Uma das sobrinhas, na altura com oito ou nove anos, suspeitava e dizia lá em casa que eu usava capachinho. Até que um dia, não tive outro remédio e deixei-a puxar-me o cabelo com toda a força. E como não lhe apareceu uma careca, então as dúvidas da pequenita dissiparam-se de vez. Até hoje. Daí que esta é mentira, ok?
2. Esta é bastante óbvia [que falta de imaginação a minha!...], pois quase todas as pessoas que conheço gostam de ler livros e de ouvir música clássica. E, como não fujo à regra desses gostos, esta é verdade.
3. Desde os tempos em que, com dez anos, frequentei o ginásio da Soares dos Reis, no Porto, ficou-me sempre o gosto pela prática do exercício físico. E mais tarde, na tropa, uma das actividades que me dava mais gozo era a da ginástica, logo pela manhã. Há cerca de trinta anos comecei a ter aulas de ténis e, desde aí, é uma modalidade que pratico quase diariamente e com imenso prazer. Nos últimos anos, tenho participado em torneios do calendário oficial da F. P. Ténis, como aquele em que vou jogar neste fim de semana na localidade onde vim passar uns dias até à Páscoa. Portanto, esta também é verdade.
4. Não sei explicar porquê. Sei que não tem nada a ver com o facto de ser adepto do fêcêpê. E é certo que também tenho roupa de outras cores [caso contrário, a monotomia cromática do vestuário ainda seria maior...eheheh]. Mas, de facto, a minha tendência é para comprar roupa em tons de azul. Manias... Então, temos mais uma verdade.
5. Esta, creio, é outra das afirmações óbvias para muita gente. Gosto imenso de conduzir veículos [de quatro rodas, claro!]. E a condução pode ser por autoestradas, por estradas municipais ou por estradas que serpenteiam as serras. Desde que seja fora das grandes cidades, óptimo! Mais uma verdade, ok?
6. Os cigarros começaram a acompanhar-me a partir dos quinze anos. Hoje um cigarrito, uns dias depois outro. E voilá, vinte anos mais tarde, estava a fumar dois maços a dois maços e meio por dia. Era um prejuízo para o bolso e, pior de tudo, para a saúde [expectoração, cansaço, tosse]. Até ao dia em que tomei a decisão de deixar de fumar. Nos três meses seguintes foi preciso aguentar bem o leme do barco, pois a falta dos efeitos da nicotina no corpo fazia levantar ondas de ansiedade muito fortes. Depois, gradualmente, as águas do mar encapelado foram-se aquietando, aquietando, aquietando... E, assim, há quase trinta anos que não fumo [e, quando tenho oportunidade, aconselho fumadores, principalmente jovens, a deixarem de o ser]. E considero ainda que foi umas melhores decisões que tomei na minha vida. Portanto, em relação ao facto de não conseguir libertar-me do tabaco, temos aqui outra mentira.
7. A fotografia é um dos meus hobbies preferidos. E comecei relativamente tarde, pois apenas tive a minha primeira máquina aos vinte e cinco anos. Desde há muitos anos que fotografo tudo o que me atrai a atenção: as paisagens a perder de vista, as pontes com os seus arcos, os pôr-de-sol alaranjados no horizonte ou as teias das aranha orvalhadas pela manhã fresca. E nas reuniões de família, nos almoços ou jantares com amigos, nos encontros com os amigos de curso, lá estou eu a fazer o papel de paparazzi de meia tigela. E o que mais gosto é registar os rostos das pessoas, feições despreocupadas ou não, mas desprevenidas, sem pose. E, confesso, os modelos preferidos são os meus netos. Tenho fotos espectaculares dos rostos deles [as fotos são lindas, não pela perícia do fotógrafo, mas devido aos netos, pela sua inocência, pela sua doçura, pela sua naturalidade de crianças]. Portanto, verdade, tá?
8. Ora aqui está uma afirmação que, certamente, fez rir à gargalhada quem me conhece bem. De facto, para mim, os veículos de duas rodas são umas maravilhas da técnica de locomoção... desde que estejam nas mãos e nos pés dos outros. Porquê isto?... Há muitos anos, tinha eu sete ou oito, fui andar de bicicleta para o jardim da Praça Velasquez, no Porto [agora a praça tem outro nome] com alguns miúdos da minha idade. Depois de várias voltas, dei um trambolhão do caraças ou do carago, sei lá! [peço-vos desculpa pelas expressões, mas sou tripeiro], e esfarrapei as calças e os joelhos. E, quando cheguei a casa, lembro-me que a minha mãe, ao ver o meu estado lastimoso, ainda me esfarrapou bem o rabiosque com o que tinha mais à mão. Nunca mais voltei a bicicletar [este termo existe?...]. Mas a minha relutância às duas rodas não ficou por aqui. Alguns anos mais tarde, já eu era um espigadote com 16 ou 17 anos, aproveitei uma boleia de um amigo numa motorizada. E como atrás não havia suporte para os pés [aquela motorizada não foi produzida para tranportar duas pessoas], lá coloquei os pés, um de cada lado, nos suportes metálicos que se fixavam no centro da roda traseira. Mas, por imperícia ou por azar, o meu pé esquerdo resvalou para o interior dos raios da roda. Em segundos, o calcanhar do sapato ficou desfeito e logo depois foi o meu próprio calcanhar a ser raspado até ao osso. Ainda recordo com alguma impressão dorida os três meses que andei entregue aos cuidados de um enfermeiro a curar o calcanhar. Daí que, na minha mente, desde então ficou um registo bem marcante: duas rodas, nunca mais!... E, pronto, é a última mentira do desafio.
9. Gosto imenso de peixe grelhado no carvão e escalado [isto é, aberto ao meio, o que dá azo a menos tempo na grelha e permite que o peixe fique com uma textura mais tenra]. Para mim, o que há a salientar na receita que indiquei é o molho: azeite, alho e coentros. E foi assim que, há alguns anos, uma dourada me foi servida no Restaurante do Luís, em São Torpes [quem vai de Sines para sul, junto da central a carvão da EDP, desvia à direita em São Torpes com rumo a Porto Côvo; encontra logo à direita um restaurante, o Trinca-Espinhas, continua e, umas centenas de metros à frente, do lado esquerdo, lá está o Restaurante do Luís; e quem lá puder ir, garanto-vos que o peixe é sempre bem grelhado - digo-vos já que não ganho nada com a publicidade... eheheh]. E, pronto, esta é a última verdade.
Ufa, até que enfim!...
E quem registou os seus palpites no post anterior, já pode verificar a pontaria, ok?
Agora, vou ali abaixo fazer o escrutínio das vencedoras [dado que não pode haver vencedores, como foi bem observado num dos comentários lá feitos].
Até já!
6 comentários:
escusei-me a dar palpites no post anterior!!!
;)
boas férias!!
;)
Caramba! Acertei uma só!
Agora, essa da bicicleta... Como é que deixou chegar naquele ponto o machucado?! Tá... Nem posso falar muito. Eu pulei de uma bicicleta de um garoto que estava apostando corrida com outro - me esfolei toda e ele nem reparou que eu havia pulado! :)
beijoKas ;)
Sinto-me honrada por ter sido "quase" vencedora!
As fotos de minha familia, que fazes referencias existem em um outro blog meu, o Fotografias, que está agregado ao blog principal; e como dizes que tem mais de ano que por lá estivestes, daí eu não me recordar. Mas amigos são sempre bem vindos e cá estamos. Isso é o que importa.
Meu livro será publicado e distribuido por uma editora portuguesa ai no Porto, pena que não estarei presente,não nessa primeira edição, mas quem sabe numa outra oportunidade.
Um beijo pra ti
pontaria? só se for para isto!
deixo um abraço, nandokas
Acertei duas!!! :)))
Bem... já participei algumas vezes neste desafio e digo-te que não tenho dado grandes mostras de intuição ao responder... :)
Nada como olho no olho para se conhecer as pessoas, não é? :)
Beijinhos
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