domingo, 27 de fevereiro de 2011

Manhã de sol no cais de Gaia




Estou no lado de Gaia, perto do cais onde acostam os barcos da Douro Azul. Entro na Farggi e peço:

- Um cimbalino italiano, por favor.

Com o cimbalino servido à mesa da esplanada, sinto-me como um nababo, satisfeito da vida. E, enquanto desfruto do sol do meio da manhã, que incide em cheio no trombil e aquece o corpo, olho à minha volta.

Da dezena de mesas dispostas na esplanada, apenas duas estão ocupadas, para além da que eu utilizo.

Numa mesa do meu lado esquerdo, um casal na casa dos quarenta, está a saborear o pequeno almoço e a ler o jornal do dia e revistas. Ele comenta para a companheira a notícia recente dos media e que se relaciona com o rapto de um rapaz em Lousada, já lá vão 13 anos.

Do lado direito, há uma mesa ocupada por dois indivíduos. Acabaram de tomar café e preparam-se para montar nas bicicletas que estavam ali encostadas à grade.

Fora da esplanada, um casal de meia idade acompanha, vigilante, uma criança com 4 anos, que, a correr, tenta voltar para trás em direcção ao cais, através do passadiço que faz a passagem por cima de um pequeno lago, hoje sem água.

Meia hora mais tarde, levanto-me. Tenciono dar um volta a pé junto ao rio, talvez até à Afurada e, pelo caminho, tirar umas fotos.

E, como diria o meu tio Fabiano: queres melhor vida do que isso?


2 comentários:

Unknown disse...

Bela vida!...

Felina disse...

a isso se chama retirar prazer do mais puro que existe... :-)