segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tratamento de choque


De repente, viu-se confrontado com uma situação que não tinha planeado para esta altura e, por isso, diferente do que tinha imaginado. E a questão é que agora teria de decidir se entrava na jogada naquele momento ou se adiaria para mais tarde. Acabou por seguir a onda dos acontecimentos e... depois se veria!

O certo é que não estava preparado, isto apesar de não se ter vislumbrado qualquer sintoma de rejeição na fase inicial. Mas era cedo de mais para ser submetido ao tratamento em causa, não pelo tratamento em si, mas mais pela falta de mentalização e também pelas possíveis consequências da dose aplicada.

E acabou, de facto, por ser um tratamento de choque. Na primeira meia hora as coisas até se denrolaram numa toada calma. Mas, após a retirada da equipa médica e de enfermagem, a ressaca não se fez rogada. Durante cerca de uma outra meia hora as coisas não se passaram lá muito bem. Quase sem aviso, os sintomas de ansiedade descontrolada deram o sinal de alerta, o que provocou a pressão forte no peito e levou a pulsação a ficar fora dos eixos. O que lhe valeu naqueles momentos foi ter-se lembrado de técnicas que aprendeu recentemente. Passou, então, a exercitar uma respiração profunda e controlada e, de seguida, a entoar alguns mantras. E resultou. A pouco e pouco os níveis da pressão arterial baixaram para valores aceitáveis, a pressão toráxica desapareceu, o pulso também acalmou e... voilá! ei-lo pronto para outra!...


Ou como diria o meu tio Fabiano: o gajo meteu-se nos copos!


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